sexta-feira, 23 de outubro de 2015

OPINIÃO

PREPAREM O BOLSO

O Caríssimo Leitor (a) provavelmente não sabe o que é COMERC. Explico: trata-se do consórcio que faz a compra de toda a energia elétrica que consumimos, e, depois, repassa às concessionárias distribuidoras. Vem de lá a informação de que a escalada do dólar deve ser a nova vilã da conta de luz dos brasileiros.

 Além dos efeitos da estiagem, que neste ano representaram aumentos superiores a 50%, agora é a moeda americana que vai pressionar os próximos reajustes tarifários das distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A explicação está na retirada que cada empresa tem da energia da Hidrelétrica de Itaipu, cotada em dólar.

Cálculos feitos pela comercializadora COMERC mostram que apenas o impacto da moeda americana na fatia de energia da usina binacional de Itaipú pode representar aumentos entre 3,7% e 9,5% na conta de luz. As maiores altas virão das distribuidoras que ainda não tiveram reajuste neste ano, como é o caso da EDP-Bandeirante, CPFL Piratininga e Light.

No reajuste extraordinário, ocorrido em janeiro, quando o governo repassou para a tarifa parte das oscilações do câmbio, o dólar estava na casa de R$ 2,80. Nas últimas semanas oscilou entre R$ 3,70 e R$ 4,22.

A Bandeirante atende a 28 municípios de São Paulo, inclusive Pindamonhangaba. Para nós, o dólar na energia de Itaipu poderá representar 8,8 pontos porcentuais dentro do reajuste anual, pelo que calcula a COMERC, considerado o câmbio médio de R$ 4. Na carteira de energia da empresa, 19% do total vêm de Itaipu. Ou seja, qualquer oscilação no dólar tem impacto relevante nas contas da companhia.

Traduzindo: vem aí aumento em torno de mais 15 por cento. É mole ou querem mais?

Temos que segurar mais essa! E há prefeitos instituindo a Contribuição de Iluminação Pública, como em Pinda, Taubaté, São José e agora Jacareí. É fácil tungar o indefeso consumidor...

Falei e disse!

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