CIDADANIA
ADVOGADO POST MORTEM:
GESTO DE CIDADANIA!
É inédito na História
da Ordem dos Advogados do Brasil ! O abolicionista negro Luiz Gonzaga Pinto da
Gama será reconhecido advogado, decorridos 133 anos de sua morte.
Nasceu na Bahia.
Apesar de mulato livre foi trocado pelo pai alcoólatra, português amasiado com
a escrava Luiza Mahin; por uma dívida de jogo. Aos 10 anos foi parar
escravizado no Rio de Janeiro, sempre procurando estudar e ler. Acabou
negociado no Estado de São Paulo, passando por fazendas em Santos, Campinas e
Jundiai, antes de chegar a Pindamonhangaba.
Rábula, autodidata,
Luiz Gama libertou judicialmente mais de 500 escravos. Morreu a 24 de agosto de
1882, pouco menos de 6 anos antes da abolição. Está sepultado na capital
paulista, no cemitério da Consolação. A homenagem da OAB, primeira do gênero,
acontece nesta terça-feira (03.11.15) na Universidade Presbiteriana Mackenzie,
às 19 horas.
Luiz Gama não
conseguiu em vida ser um advogado formado. Tentou cursar a São Francisco em
1850, mas, foi barrado por ser mestiço. Foi também jornalista. Fundou em 1869
com Ruy Barbosa o jornal “O Radical Paulistano”.
Entre as várias
iniciativas libertárias catalogadas está uma de Pindamonhangaba, datada de 3 de
setembro de 1878: Requerimento em que
abolicionista Luiz Gama pede a liberdade de 18 escravos que pertenceram
a Alexandre Marcondes do Amaral Machado, já falecido na época, e que, apesar de
disposição testamentária conferindo a liberdade, os escravos libertos permaneciam
cativos.
Fascinante a
trajetória de Luiz Gama: um predestinado libertador!
Falei
e disse!
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