segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CIDADANIA

ADVOGADO POST MORTEM: GESTO DE CIDADANIA!

É inédito na História da Ordem dos Advogados do Brasil ! O abolicionista negro Luiz Gonzaga Pinto da Gama será reconhecido advogado, decorridos 133 anos de sua morte.

Nasceu na Bahia. Apesar de mulato livre foi trocado pelo pai alcoólatra, português amasiado com a escrava Luiza Mahin; por uma dívida de jogo. Aos 10 anos foi parar escravizado no Rio de Janeiro, sempre procurando estudar e ler. Acabou negociado no Estado de São Paulo, passando por fazendas em Santos, Campinas e Jundiai, antes de chegar a Pindamonhangaba.

Rábula, autodidata, Luiz Gama libertou judicialmente mais de 500 escravos. Morreu a 24 de agosto de 1882, pouco menos de 6 anos antes da abolição. Está sepultado na capital paulista, no cemitério da Consolação. A homenagem da OAB, primeira do gênero, acontece nesta terça-feira (03.11.15) na Universidade Presbiteriana Mackenzie, às 19 horas.

Luiz Gama não conseguiu em vida ser um advogado formado. Tentou cursar a São Francisco em 1850, mas, foi barrado por ser mestiço. Foi também jornalista. Fundou em 1869 com Ruy Barbosa o jornal “O Radical Paulistano”.

Entre as várias iniciativas libertárias catalogadas está uma de Pindamonhangaba, datada de 3 de setembro de 1878: Requerimento em que  abolicionista Luiz Gama pede a liberdade de 18 escravos que pertenceram a Alexandre Marcondes do Amaral Machado, já falecido na época, e que, apesar de disposição testamentária conferindo a liberdade, os escravos libertos permaneciam cativos.

Fascinante a trajetória de Luiz Gama: um predestinado libertador!

Falei e disse!





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