quinta-feira, 16 de julho de 2009

VEJA VIDEO DA CONVERSA DE SARNEY COM SEU FILHO FÉFÉ EM INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA FEITA PELA POLÍCIA FEDERAL



Uma interceptação telefônica feita pela Polícia Federal em abril do ano passado, com autorização da Justiça, captou uma conversa entre o senador José Sarney (PMDB-AP) e seu filho Fernando Sarney.

No diálogo, o presidente do Senado pergunta ao filho, que é empresário [superintendente do Sistema Mirante de Comunicação], se ele havia recebido informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), supostamente sobre um processo judicial que então corria em sigilo.

É chocante o áudio que mostra a conversa entre Sarney e seu filho Fernando.

Quem quiser ouvir, é só clicar no vídeo que está logo acima sob o título “Pedido Sarneysista” e comprovar o diálogo entre os dois.

No áudio, fica claro o ódio com que Sarney faz política. Nele ele pede a Fernando que use a TV Mirante contra seus adversários, no caso específico, contra o chefe da Casa Civil Aderson Lago.

Fernando foi além do que o pai lhe pediu e usou não só a TV da família, mas também o jornal e alguns blogs, como é o caso do blogue Colunão do jornalista Walter Rodrigues.

Prossegue: Na gravação de 3 minutos e 32 segundos, no dia 17 de abril do ano passado, Fernando pergunta ao pai se há alguma novidade sobre ‘aquele meu negócio’, que seria um processo sigiloso protocolado na 1ª Vara da Justiça do Maranhão.

Sarney responde: ‘Não, até agora não me deram nada’.

Fernando prossegue: ‘Muito bem, mas eu aqui já tive notícia, aqui do Banco da Amazônia’.

O senador pergunta: ‘É, né? Da Abin?’

E o filho responde: ‘Também’.

O suposto vazamento de informações pela agência seria sobre a Operação Boi Barrica, em que a PF investiga a possibilidade de uma empresa de Fernando Sarney [Mirante] estar envolvida com esquema de financiamento ilegal na campanha eleitoral de 2006. Tal suspeita foi suscitada pelas interceptações telefônicas e pelo comportamento das pessoas envolvidas depois de informadas da existência de uma operação policial, segundo ofício encaminhado pela PF à 1ª Vara Criminal de São Luís, onde o caso é investigado.

No documento, a PF informa que, a partir do momento em que o inquérito foi protocolado, tiveram início ‘condutas suspeitas por parte dos investigados’. A começar, continua o ofício, por outra ligação que Fernando recebe do pai.

De acordo com o ofício, José Sarney determinou ao filho que voltasse a Brasília imediatamente. ‘Detalhe: Fernando havia deixado Brasília no dia anterior’, ressalta o documento encaminhado à Justiça. Depois, Fernando recebe outras ligações com o mesmo intuito: chamá-lo imediatamente à capital federal.

Em uma dessas conversas interceptadas, Fernando liga para sua secretária e ordena que ela esvazie as gavetas de sua mesa, coloque tudo numa caixa e guarde em local seguro. Em caso do cumprimento de um mandado de busca e apreensão, como foi deferido pela Justiça, a PF nada acharia. Os policiais tentaram descobrir para onde foram levados esses documentos, mas não conseguiram.

As suspeitas sobre o vazamento de dados da Operação Boi Barrica levaram a Polícia Federal a abrir inquérito específico para apurar possíveis responsabilidades. As investigações ainda não foram concluídas.

”Segue o diálogo entre Sarney e o filho, comprovado no vídeo acima:

Fernando Sarney: Olha aqui, e aquele meu negócio, alguma novidade?

José Sarney: Não, até agora ainda não deram nada.

Fernando Sarney: Muito bem, mas eu aqui já tive notícia do Banco da Amazônia.

José Sarney: É, né. Da Abin?

Fernando Sarney: Também.

José Sarney: Tá bom.

Fernando Sarney: Tá. Formal, semana passada chegou, é sinal de que estão mexendo, mas o daqui eu sei a origem.

José Sarney: Do Banco Central?

Fernando Sarney: Não, daqui é o juiz da primeira vara.

José Sarney: Então manda ver o processo.

Fernando Sarney: Já mandei, já mandei o Marcelo, já mandei ver.

José Sarney: O menino disse que já mandou para Marcelo, tudo para Marcelo olhar.

Fernando Sarney: Já mandou e viu tudo.

José Sarney: …

Fernando Sarney: Isso é em off, né, mas eu mandei ver agora o documento normal para que eu possa ver na internet do que é que se trata.

José Sarney: Não dá … o juiz … O processo.

Fernando Sarney: Não, foi em off, foi hoje de manhã que chegou a informação e eu tô agora concluindo ela.

José Sarney: Mas o menino me disse ontem…

Fernando Sarney: Já vi o processo todo. Eu chamei ele hoje de manhã e ele me contou tudo.

José Sarney: E não é esse o processo que está lá?

Fernando Sarney: Não, tem algumas coisas lá que ele disse que são algumas quebras de sigilo adicionais e que não tem informação suficiente e ele acha que pode ser isso.

José Sarney: Tá bom.

Fernando Sarney: Tá? Eu mandei averiguar.

José Sarney: Tá

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