quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PENA DE MORTE OU MORTE SEM PENA?

Numa completa inversão de valores, internos da Penitenciária Lemos Brito, a maior da Bahia, editaram um código de ética, submetendo Mil 357 detentos.
S É a “falência do Estado Brasileiro”, afirma o deputado estadual Carlos Gaban (DEM-BA). Perda da referencia ética da Administração, que não cumpre a sua obrigação de socializar os detentos.
S Publicado há quatro meses pela "liderança" do tráfico, o código é composto de itens, denominados de "obediências". Deixa claro aos infratores que podem ser condenados à morte, caso não sigam o regulamento.
S Um dos primeiros tópicos informa que "todo direito de defesa será dado ao acusado na sua primeira falta.” Mas adverte que a reincidência o “deixará automaticamente fora do nosso convívio".
S O código de ética dos presos também classifica como desobediência, o interno circular dentro do complexo, em dias de visita, "sem camisa, com 'short' apertado demasiadamente e com 'short ou bermuda' abaixo da virilha". Quem não cumprir a determinação "será advertido verbalmente pela comissão"...
S Os pequenos furtos que geralmente acontecem dentro dos estabelecimentos penais também são alvo da "legislação" dos internos da Penitenciária Lemos Brito, na Bahia: "Não será permitido roubar companheiro de cela. Pena: prestar serviços de faxineiro no pátio, orar um Pai-Nosso ou pregar os joelhos no chão."
S A diretoria da penitenciária acredita que o traficante Raimundo Alves de Souza, o Ravengar, seja o autor intelectual do "regulamento interno".
S Com o título "Ordem & Progresso", a cartilha também prevê pena de morte para aquele que "subverter a ordem dos que vivem sob o domínio da paz". Em outro "artigo", o texto diz que nenhum interno "poderá se envolver com a ex-companheira de outro do mesmo módulo. Se for ex-companheira e tiver filhos, fica proibido o relacionamento."
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Enquanto alguns discutem a pena de morte, o crime organizado já pratica a morte sem pena!

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