quarta-feira, 11 de setembro de 2013


VAI COMEÇAR O TROCA-TROCA.

Com 31 partidos políticos está aberta a temporada de troca de legendas. Ainda existem grupos tentando criar mais algumas, e, muitos deles são meros palanques de aluguel.

Desde que começou a desmoronar a ideia da unção do sangue das famílias reais e, com o fortalecimento do estado moderno constituído pelo voto popular, os partidos políticos vêm se consolidando.

A ideia democrática do poder entre iguais, com o tempo, acabou dando aos partidos a monopolização de todo o processo de representação. Não há como disputar um cargo eleitoral, a não ser ingressando num partido, e, nele obtendo o reconhecimento para ser apresentado como candidato.

Mesmo no Brasil, onde se costuma dizer que nunca houve partidos, desde o segundo império tivemos forte oposição entre conservadores e reformistas.

Ultimamente, porém, duas coisas são marcantes: No mundo inteiro, a sociedade civil amadureceu e tornou obsoletos os partidos como instrumento político, detentor do monopólio da representação. No Brasil, como em outros países do terceiro mundo, os partidos assumem caráter meramente formal.

Mesmo na união europeia tem se visto países capitularem frente à globalização, intercalando, sucessivamente, governos de esquerda e de direita, que pouco se diferenciam no poder. Daí que os partidos acabem como sopa de letrinhas, sem maior identidade.

Diante disto, muito se fala no Brasil em reforma política, aparecendo, aqui e ali, ideias como “ficha limpa” de candidatos, financiamento público das campanhas eleitorais e uma ou outra exigência que se supõe capaz de elevar a credibilidade das instituições políticas. Lamentável que não se fale em acabar com o vale tudo, onde ficha limpa e ficha suja se unem em busca da vitória, num processo em que a máxima defina como única vergonha, perder!

Pena que se comece sempre errado, no que deve ser a base de tudo: a eleição.

Falei e disse!

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