VAI COMEÇAR O TROCA-TROCA.
Com 31
partidos políticos está aberta a temporada de troca de legendas. Ainda existem
grupos tentando criar mais algumas, e, muitos deles são meros palanques de
aluguel.
Desde que começou a desmoronar a ideia da unção do
sangue das famílias reais e, com o fortalecimento do estado moderno constituído
pelo voto popular, os partidos políticos vêm se consolidando.
A
ideia democrática do poder entre iguais, com o tempo, acabou dando aos partidos
a monopolização de todo o processo de representação. Não há como disputar um
cargo eleitoral, a não ser ingressando num partido, e, nele obtendo o
reconhecimento para ser apresentado como candidato.
Mesmo
no Brasil, onde se costuma dizer que nunca houve partidos, desde o segundo
império tivemos forte oposição entre conservadores e reformistas.
Ultimamente,
porém, duas coisas são marcantes: No mundo inteiro, a sociedade civil
amadureceu e tornou obsoletos os partidos como instrumento político, detentor
do monopólio da representação. No Brasil, como em outros países do terceiro
mundo, os partidos assumem caráter meramente formal.
Mesmo
na união europeia tem se visto países capitularem frente à globalização,
intercalando, sucessivamente, governos de esquerda e de direita, que pouco se
diferenciam no poder. Daí que os partidos acabem como sopa de letrinhas, sem
maior identidade.
Diante
disto, muito se fala no Brasil em reforma política, aparecendo, aqui e ali, ideias
como “ficha limpa” de candidatos, financiamento público das campanhas
eleitorais e uma ou outra exigência que se supõe capaz de elevar a
credibilidade das instituições políticas. Lamentável que não se fale em acabar
com o vale tudo, onde ficha limpa e ficha suja se unem em busca da vitória, num
processo em que a máxima defina como única vergonha, perder!
Pena que se
comece sempre errado, no que deve ser a base de tudo: a eleição.
Falei
e disse!
Nenhum comentário:
Postar um comentário