segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PUNINDO CADÁVERES

O jornal de hoje está informando que a aprovação da lei que cria a ‘Comissão Nacional da Verdade’, através do Projeto 7.376/10 vai ficar para a próxima legislatura, e cair no colo da Dilma, a essa altura mãe do PAC e da vingança.

A matéria, polêmica desde o seu anúncio, provoca revolta de bastidores nos militares. Mas os de hoje já não são aqueles, quase todos sepultados ou a caminho do cemitério.

O intuito inicial da comissão seria examinar e esclarecer as “graves violações de direitos humanos” praticadas entre a promulgação da
Constituição de 1946 (18/9/1946) e a promulgação da atual Constituição (5/10/1988) – período que abrange a ditadura militar (1964-1985), quando houve perseguições a militantes políticos de oposição, entre eles a própria presidenta eleita. Pura verdade.

Mas o que há nas entrelinhas é a revanche, maior do que a tomada do poder e ao recebimento de vultosas indenizações. Os radicais querem abrir as sepulturas e castigar os cadáveres dos torturadores. Como poucos serão encontrados vivos, o tempo de vida útil dessas pessoas já foi embora, os castigados serão os filhos, os netos, os bisnetos, que carregarão para o resto da vida a pecha de herdeiros dos torturadores, ao passo que os filhos, netos e bisnetos dos torturados herdarão o ‘heroísmo’ de seus ancestrais.

O projeto de lei enviado à Câmara dos Deputados às vésperas da campanha eleitoral, aguarda desde 25 de maio a indicação, feita pelos líderes de partido, dos nomes dos 17 deputados titulares e 17 suplentes que deverão compor a comissão especial, que agrega parlamentares das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Relações Exteriores e de Defesa Nacional;
Direitos Humanos e Minorias; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Estou à cavalheiro para falar, porque meus filhos carregarão fama de herói. Mas se dependesse de mim, deixaria como está. Na gíria chama-se a isso futucar cocô seco. O cheiro pode não ser bom...

Falei e disse!

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