quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O TEMOR AO TEMER


Numa entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil, agora difundido apenas pela Internet, o candidato derrotado do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio falou da imprevisibilidade que representa a vitória de Dilma Roussef...

Foi textual: “Na verdade, é difícil saber o que virá, porque esta moça é politicamente desconhecida. Não se tem nenhuma idéia do que ela pode fazer (...)

Minha expectativa, portanto, não é boa, inclusive porque o que tenho de informações sobre ela é que ela tem um traço de caráter complicado: de um lado, é subserviente aos poderosos; de outro, é extremamente dura com os subordinados. Ela vai ter uma bancada enorme que vai dar muitos problemas, porque é gente da pior espécie. Não há dúvida de que vamos ter um mensalão”.

No Congresso Nacional tem gente, como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que tem mais medo do vice que veio na aba do que propriamente da Dilma. Talvez com um pouco de razão. Afinal, Michel Temer já botou as asas de fora, impondo a presença do PMDB no grupo de transição, que em sua originalidade só tinha petistas.

Para enfrentá-lo, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou nesta quarta-feira, Proposta de Emenda Constitucional que retira do vice-presidente da República a condição de sucessor ao cargo de presidente no caso de vacância.

Pelo que foi aprovado na CCJ, o vice somente ocupará o cargo de presidente, na interinidade, até que sejam convocadas novas eleições, indiretas por deputados e senadores, em até 30 dias da abertura da vaga, se ocorrer nos primeiros dois anos de mandato. E através de nova eleição convocada para 90 dias da vacância, se ocorrer nos dois últimos anos do mandato presidencial.

A medida devia ser a mesma para os mandatários do executivo em todos os níveis. Quem sabe assim diminuiria a azaração dos vices, que às vezes desejam o pior para os titulares, quando não os executam ou mandam matar.

E dizer que demoramos mais de vinte anos para voltar a votar... Mas agora também, convenhamos, o Brasil está prevendo eleições demais...

Falei e disse!

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