quarta-feira, 3 de novembro de 2010

E AGORA?



O PT era só alegria, com a vitória de Dilma e a garantia de maioria no Congresso. Por pura ingenuidade, não imaginava o preço que teria de pagar por isso ao PMDB. Pois continua sendo refém. Mesmo que diga o contrário, a presença de Michel Temer imposta à coordenação política da transição de Dilma Rousseff foi um golpe que a cúpula petista não desejava sofrer, mas teve de engolir.

Dilma chegou a definir os correligionários José Eduardo Dutra, Antonio Palocci, Fernando Pimentel e José Eduardo Cardozo a frente do grupo de trabalho. Mas hoje, bem cedo, teve de encarar Temer logo no café da manhã, para saber o que o Partido do vice vai querer no fatiamento do Planalto.

Para a militância do PT, contudo, a festa continua. Em Olinda, os petistas foram às ruas no dia de finados, promover o enterro de José Serra, já que em Pernambuco, o Tucano perdeu para as abstenções, por 260 mil votos.

Em resposta ao pronunciamento de Serra de que não dava adeus, mas apenas até logo, os eleitores de Dilma Rousseff confeccionaram um "caixão" miniatura para o tucano e o utilizaram num "ato anárquico", simbolizando o fim da vida pública de José Serra. Nele, além da foto, bolas de papel, do tipo da lançada na careca do candidato derrotado, além de palavras como "homofobia" e "injustiça", que segundo os autores da farra, seriam expressões que têm a cara do Serra.

Brincadeiras a parte, chegou a hora de atender o PMDB. Agora vamos ver se a Dilma tem a mesma vocação de toureiro do padrinho...

Falei e disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário