quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ANTES TARDE DO QUE NUNCA


Só quem já leu a “Metamorfose” de Kafka pode encontrar explicações para o alívio que é verificar a reconstrução do Rio de Janeiro a partir do caos. A mais bela cidade do mundo se transformou num monstro abjeto e todos estão tendo de se virar.

Precisou haver pânico e muita desgraça para as autoridades, antropólogos, sociólogos e outros ólogos metidos a besta, descerem do salto alto, e, verificarem que a corrupção no país levou ao ponto de termos hoje uma polícia para policiar a própria polícia. A degradação plena do ser humano...

Depois da contabilidade oficial contar 19 mortos entre a população civil, carros incendiados e cabines policiais metralhadas em menos de 72 horas, o governador Sérgio Cabral finalmente decidiu pedir ajuda às forças armadas contra o crime organizado. E mais: em reunião com autoridades de segurança e da Justiça, também decidiu anunciar que toda pessoa presa, acusada de atentado, será enviada também para presídios federais.

Os primeiros casos são de Thiago da Costa Garcia e Renan Fortunato do Couto, acusados de formação de quadrilha, presos em Copacabana, quando tentavam atear fogo em carros, usando gasolina. Serão enviados para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

Agora falta acabar com a separação de bandidos entre facções rivais, e com o ir e vir dos presos toda vez em que tiverem de prestar depoimento, mobilizando aparato apavorante, quando podem muito bem depor de forma virtual, através de videoconferência, sem saírem das celas em que forem confinados.

E que os antropólogos, sociólogos, juridicólogos e outros ólegos vão pentear macacos. Parem com a besteira de dizer que as forças armadas não estão preparadas para manter a ordem pública, se já o fizeram com sucesso absoluto em Suez, São Domingos, Guiné Bissau, e, o fazem agora no Haiti.

O clima é de guerra, meus amigos... E o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever...

E prestem atenção! Não podemos deixar que, por omissão, a insegurança pública se instale nas cidades do interior concentradoras de presídios. Mirem-se no exemplo que vem do Rio de Janeiro.

Falei e disse!

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