quinta-feira, 4 de junho de 2009

FECHADO PRA BALANÇO

Pelo visto o congresso nacional, as assembléias legislativas, as câmaras municipais, a presidência, as governadorias, as prefeituras poderão fechar para balanço ou terminar como bang-bang italiano, por falta de artista... No final morre todo mundo
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Imaginem que a famosa CCJ – Comissão de Constituição e Justiça, vem de aprovar projeto de lei de autoria do Senador Pedro Simon, exigindo que para ser candidato, o político tenha “idoneidade moral e reputação ilibada”, se quiser disputar a próxima eleição.
a Na justificativa do projeto, Simon afirma que a legislação eleitoral atual, apenas torna inelegíveis candidatos condenados em definitivo por diversos crimes; mas não prevê a idoneidade moral como prerrogativa necessária à disputa. Além disso, as disposições em vigor, combatidas pela proposta, viabilizam a candidatura daqueles que lançam mão de inúmeros recursos legais, aproveitando que a justiça é lesma lerda, para ficar empurrando com a barriga o trânsito em julgado de eventuais condenações criminais.
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Ainda segundo Simon, a reputação ilibada dos candidatos deve ser exigida não apenas para aqueles que disputam uma vaga no Poder Legislativo, mas também aos futuros ocupantes de cargos no Executivo.

Ta querendo acabar com tudo?

a Na verdade, minha gente, a moralidade dos agentes públicos e candidatos se impõe como exigência constitucional. Não precisava de mais lei nenhuma. Isso, se os príncipes do notório saber, lá do supremo, tivessem moral para cobrar probidade de alguém.

O projeto é terminativo. Não precisa ser aprovado no plenário do Senado. Segue direto para análise da Câmara dos Deputados.

E é lá que mora o perigo! Não que no senado resida algum santo. Mas na Câmara o oceano de imoralidade encontra número maior de náufragos de caráter.
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Tô apostando o quanto quiserem e com qualquer um, que a turma do deixa disso, não vai permitir que o projeto passe. E se passar, vai sempre aparecer um jeitinho, maroto e bem brasileiro de fazer algum acerto.
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Minha Gente! Se pra exercer cargos políticos for mesmo exigida moral ilibada, o Brasil fecha pra balanço...

2 comentários:

  1. Acho que estou muito velha mesmo! Quando era menina, ser uma pessoa honesta nao era uma questao de opcao. Nao tinha essa historia de nao esta escrito logo nao e´errado. Mesmo as vezes que fiz algo errado(nao sou santa!), sempre me incomodava o confronto desse ato com a moral que havia herdado de casa.
    Enfim, seria fantastico que fosse verdade.

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  2. Olá Cataldi;
    Concordamos com tudo o que acaba de escrever e para complementar, recomendamos a leitura do texto do J.R.Guzzo, "100 Assassinos", publicado na revista Veja do dia 03/09/08, no link;

    http://veja.abril.uol.com.br/030908/p_134.shtml
    Aqui um trechinho;
    "Não é preciso ser doutor em matemática para
    deduzir que nunca tivemos, na história deste país, tantos homicidas disputando um cargo público"
    ...A comprovação mais clara disso está numa informação prestada alguns dias atrás, mais ou menos de passagem, pelo vice-presidente do TRE do Rio de Janeiro, Alberto Motta Moraes: só no estado do Rio, afirmou ele, há pelo menos 100 candidatos às próximas eleições que são acusados de homicídio, ou já foram condenados por ter matado alguém.

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