DISPARIDADE
SALARIAL CAUSA REVOLTA NO BRASIL
Nunca houve uma preocupação tão
grande com o noticiário sobre o Brasil quanto agora, pelo The New York Times. O Jornal, dias atrás focalizou a ascenção dos miseráveis e o Corinthians. Agora publica a revolta da
maioria da população com a disparidade salarial que estabelece castas, a partir
de cargos no governo.
O artigo
faz comparações entre os servidores daqui e funcionários públicos da Europa e
dos Estados Unidos, que tiveram salários achatados ou cargos eliminados de vez.
Mostra que alguns empregos públicos no Brasil oferecem salários e benefícios
que fazem seus colegas nos países desenvolvidos passarem vergonha.
Cita como
exemplo um servidor de um tribunal de Brasília, ganhando 226 mil dólares anuais,
ou seja, mais do que o presidente do Supremo Tribunal Federal. Igualmente, o
departamento de rodovias de São Paulo desembolsava a um de seus engenheiros 263
mil dólares por ano, mais do que em tese recebe a presidente da república.
Outra disparidade citada pelo New York Times dá conta que 168 servidores do
Tribunal de Contas do Município São Paulo recebem salários mensais de pelos
menos 12 mil dólares e, às vezes, até 25 mil – mais do que o ordenado do
prefeito da maior cidade do país. E narra com humor que um prefeito fez piada,
comentando que planejava se candidatar a um emprego no estacionamento do prédio
da Câmara Municipal, depois de o poder legislativo da cidade ter revelado que
um dos manobristas recebia 11 mil e 500 dólares mensais.
Pena que toda vez que o The New York Times
dedica espaços ao Brasil seja para expor nossas mazelas. Mas, afinal, é o que
temos a exibir é a miséria moral...
Falei e disse!
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