segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


DEBUTANTE SEM FESTA

O Código de Trânsito Brasileiro está completando 15 anos de vigência. Foi construído em erro no nascedouro, como inclusive já admitiu o próprio Relator, o ex-deputado Federal Ary Kara, de Taubaté.

Tramitou por muito tempo. Saiu como era possível na época, aos trancos e barrancos. Depois foi deturpado ao longo dos anos.

Até seu caráter educativo foi sendo sublimado. Permitiu o uso de seus dispositivos pela despudorada máquina arrecadatória dos municípios, que tiveram a chance de trazer para si a responsabilidade pela “multagem”.

A contrapartida de aplicação dos recursos rigorosamente em cursos, palestras, painéis, campanhas, sinalização e melhorias nas vias urbanas é sempre duvidosa, num caixa único imoral.

A sinalização preventiva da existência de fiscalização eletrônica, que tinha o propósito de fazer com que realmente as pessoas reduzissem a velocidade nos pontos cruciais, deixou de ser exigida, como se a arrecadação da multa absolvesse o incauto e perigoso motorista de um simples pecado venial.

O Código debutante teve de ser complementado, porque nasceu com falhas graves no momento de punir motoristas que se excediam na velocidade ou que combinavam a direção com bebida.

Portanto o aniversário de 15 anos do Código de Trânsito Brasileiro não merece baile ou qualquer comemoração.

Falei e disse!

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