A TRANCA DEPOIS DA
PORTA ARROMBADA...
O bloqueio das contas e bens dos
donos da boate Kiss, em Santa Maria e a prisão deles para facilitar a
investigação, são providencias curiais que estão sendo tratadas com a mesma
pirotecnia que incendiou a casa que leva o nome de “Kiss of Death” ou ‘beijo da
morte’ se preferirem...
O pedido,
feito pela Defensoria Pública do Estado, é elementar. Deve ter sido deferido até sem ler pelo juiz de plantão do
fórum de Santa Maria, Afif Simões Neto, tal a falta de complexidade. Mas a
imprensa alardeia. Dá manchete como se já fosse algo extraordinário.
O defensor
Público-Geral do Estado, Nilton Arnecke Maria alega, com oportunidade e acerto,
o justo receio do dinheiro sumir, antes de garantir a futura indenização
"de modo coletivo e igualitário" aos familiares das vítimas da
tragédia.
A prisão
que atinge também dois integrantes da banda "Gurizada Fandangueira",
responsável pelos fogos e consequentemente o incêndio, também foi passo
acertado. Mas não vejo nada relativo ao corpo de bombeiros, tão irresponsável
nestes casos, e tão exigente na hora de criar dificuldades de licenciamento,
para facilitar tudo em seguida, sabe-se lá por quê e como...
Na Argentina, caso semelhante,
terminou com prisão de bombeiro, cassação de prefeito e punição para todos
aqueles que por ação ou omissão concorreram para evento danoso, e, de
proporções muito menores. Vamos ver se aqui, para fugir às responsabilidades, o
Governo do Rio Grande do Sul vai se manter permtindo que os órgãos estaduais de
segurança continuem trocando ofícios para esconder evidencias de descaso
embaixo do tapete.
Que venham novas leis mais severas,
como agora planeja o Congresso Nacional. Afinal, estamos cansados de ver por
aqui a “tranca depois da casa arrombada”. Mas que venha também a Polícia
Federal para investigar o caso, antes que policiais e bombeiros estaduais
transformem a investigação numa ação entre amigos, sobrando a culpa apenas para
o cantor da banda...
Falei e disse!
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