terça-feira, 29 de janeiro de 2013


A TRANCA DEPOIS DA PORTA ARROMBADA...

O bloqueio das contas e bens dos donos da boate Kiss, em Santa Maria e a prisão deles para facilitar a investigação, são providencias curiais que estão sendo tratadas com a mesma pirotecnia que incendiou a casa que leva o nome de “Kiss of Death” ou ‘beijo da morte’ se preferirem...

O pedido, feito pela Defensoria Pública do Estado, é elementar. Deve ter sido  deferido até sem ler pelo juiz de plantão do fórum de Santa Maria, Afif Simões Neto, tal a falta de complexidade. Mas a imprensa alardeia. Dá manchete como se já fosse algo extraordinário.

O defensor Público-Geral do Estado, Nilton Arnecke Maria alega, com oportunidade e acerto, o justo receio do dinheiro sumir, antes de garantir a futura indenização "de modo coletivo e igualitário" aos familiares das vítimas da tragédia.

A prisão que atinge também dois integrantes da banda "Gurizada Fandangueira", responsável pelos fogos e consequentemente o incêndio, também foi passo acertado. Mas não vejo nada relativo ao corpo de bombeiros, tão irresponsável nestes casos, e tão exigente na hora de criar dificuldades de licenciamento, para facilitar tudo em seguida, sabe-se lá por quê e como...

Na Argentina, caso semelhante, terminou com prisão de bombeiro, cassação de prefeito e punição para todos aqueles que por ação ou omissão concorreram para evento danoso, e, de proporções muito menores. Vamos ver se aqui, para fugir às responsabilidades, o Governo do Rio Grande do Sul vai se manter permtindo que os órgãos estaduais de segurança continuem trocando ofícios para esconder evidencias de descaso embaixo do tapete.

Que venham novas leis mais severas, como agora planeja o Congresso Nacional. Afinal, estamos cansados de ver por aqui a “tranca depois da casa arrombada”. Mas que venha também a Polícia Federal para investigar o caso, antes que policiais e bombeiros estaduais transformem a investigação numa ação entre amigos, sobrando a culpa apenas para o cantor da banda...

Falei e disse!

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