O Brasil
não tem partidos políticos. Tem apenas facções que se reúnem nas épocas de
eleição para disputar o poder. A afirmação é do desembargador Marcus Faver que,
ao presidir o TRE do Rio foi o primeiro a exigir ficha limpa de candidatos, mas
terminou vencido.
Faver,
oportunidade e acerto, centra sua crítica nas instituições do Estado
brasileiro. Na avaliação dele, responsáveis pela "descrença e
desconfiança" na população, criando o que, Bertolt Bretch, classificava
como "analfabetos políticos". Pessoas que se abstém de participar
ativamente da vida pública.
O
desembargador pondera que "partido político é uma organização que tem,
como base, interesses comuns. Tem como objetivo chegar ao poder para aplicar
seu programa partidário”. E frisa: “Hoje, pessoas que tinham oposição total
antes, se unem como se nada tivesse acontecido". Esse sistema, segundo
ele, não tem representatividade alguma.
Apesar do
tom questionador e crítico, o desembargador se diz otimista com o futuro da
democracia brasileira. Para ele, mesmo em situações consideradas retrocessos,
como o julgamento sobre os "contas-sujas", há uma evolução...
Aliás,
por falar em conta suja, é oportuno dizer que o recente julgamento do Tribunal Superior
Eleitoral não limpou a barra de quem não prestou contas adequadamente. Apenas,
por um critério técnico, o TSE entendeu que a exigência não podia valer nesta
eleição, porque não seria obedecido o critério da anterioridade.
Não
vale para esta eleição. Mas a conta continua suja. É só acessar e ver a
lista...
Falei
e disse!
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