terça-feira, 3 de julho de 2012

REFLETINDO SOBRE PARTIDOS POLÍTICOS.



O Brasil não tem partidos políticos. Tem apenas facções que se reúnem nas épocas de eleição para disputar o poder. A afirmação é do desembargador Marcus Faver que, ao presidir o TRE do Rio foi o primeiro a exigir ficha limpa de candidatos, mas terminou vencido.

Faver, oportunidade e acerto, centra sua crítica nas instituições do Estado brasileiro. Na avaliação dele, responsáveis pela "descrença e desconfiança" na população, criando o que, Bertolt Bretch, classificava como "analfabetos políticos". Pessoas que se abstém de participar ativamente da vida pública.

O desembargador pondera que "partido político é uma organização que tem, como base, interesses comuns. Tem como objetivo chegar ao poder para aplicar seu programa partidário”. E frisa: “Hoje, pessoas que tinham oposição total antes, se unem como se nada tivesse acontecido". Esse sistema, segundo ele, não tem representatividade alguma.

Apesar do tom questionador e crítico, o desembargador se diz otimista com o futuro da democracia brasileira. Para ele, mesmo em situações consideradas retrocessos, como o julgamento sobre os "contas-sujas", há uma evolução...

Aliás, por falar em conta suja, é oportuno dizer que o recente julgamento do Tribunal Superior Eleitoral não limpou a barra de quem não prestou contas adequadamente. Apenas, por um critério técnico, o TSE entendeu que a exigência não podia valer nesta eleição, porque não seria obedecido o critério da anterioridade.

Não vale para esta eleição. Mas a conta continua suja. É só acessar e ver a lista...

Falei e disse!

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