O
plenário do senado não se deixou iludir. Muito menos foi corporativista dessa
vez. Por 56 votos a 19, Demóstenes Torres foi o segundo senador cassado na
história da República.
Demóstenes, que por trás dos
panos era a antítese do que pregava, foi cassado apesar da votação secreta.
Sinal de que se tornou alvo daqueles contra os quais pregava rigores de moralidade,
enquanto prestava favores, em troca de outros, ao bicheiro Carlinhos
Cachoeira...
O relator do processo, senador
Humberto Costa, do PT de Pernambuco, disse da tribuna, que Demóstenes quebrou o
decoro ao mentir sobre suas relações com o contraventor Carlos Augusto de
Almeida Ramos.
Demóstenes se defendeu dizendo
que não provaram nada contra ele. Criticou a forma como o caso foi tratado pela
imprensa, que o teria chamado de bandido, pilantra e psicopata. Há quem ache
que foi pouco!
O processo contra Demóstenes teve
início após a divulgação de denúncias sobre as estreitas relações do senador
com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro
sob a acusação de liderar uma rede criminosa de jogos ilegais e corrupção.
Demóstenes, flagrado em várias gravações feitas pela Polícia Federal em
conversas com Cachoeira, é acusado de ter colocado seu mandato a serviço do corretor
zoológico.
Até aqui, Luiz Estevão era o
único senador cassado. Em 2000 ele foi acusado de envolvimento no desvio de
verbas públicas na construção do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São
Paulo. Em 2007, o senador Renan Calheiros do PMDB de Alagoas chegou a ser
julgado, mas foi absolvido.
Passo
importante para a moralidade! Mas para limpar o Senado ainda falta muita
gente... Que venham os do “mensalão”...
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