Sempre ouvi dizer que quando apontamos um dedo contra os outros, três dedos se colocam contra nós... Quase o mesmo que dizer que, “quem com o ferro fere, com o ferro será ferido”. Nada é mais real... Principalmente aqui no Brasil, onde oposição e situação se revesam. Tanto em posições, quanto em desonestidade.
Digo isso porque, tantas foram as vezes que os partidos que se dizem de oposição apontaram ditos “malfeitos” dos governistas que, não mais que de repente, o livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior foi desenterrar irregularidades nos processos de privatização da época do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mal comparando, um cocozinho que já estava seco.
Ministro do planejamento do período, o ex-governador José Serra, mesmo que já apostou todos os cabelos na insistente ambição à presidência da república, chamou de “lixo” o livro do jornalista, de título sugestivo: “Privataria Tucana”.
O senador Aécio Neves, outro sonhador de um espaço no planalto, foi mais comedido no seu comentário: "Não é uma literatura que me interesse”...
Mas o tema interessou tanto ao deputado Protógenes Queiroz, do PCdoB de São Paulo, que protocolou pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar as denúncias... Teve o apoio de 206 deputados.
Protógenes, se você não lembra, foi delegado da Polícia Federal. Responsável pela Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, uma das figuras mais controversas do processo de privatização do setor de telefonia do país.
O livro é distribuído, e motiva o pedido de CPI, num instante em que o governo federal sofre o desgaste de denúncias de “malfeitos” de vários ministros, alguns dos quais, feridos pelo ferro da oposição, já caíram...
Moral da história? No Brasil não existe oposição. Existem oportunistas de plantão...
Que país é esse?
Falei e disse!
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