segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

VIDA QUE SEGUE...



Estou no Rio de Janeiro. Vim fazer uma audiência, daqui a pouco na Justiça do Trabalho, e conhecer a Mariana, minha neta mais querida do mundo que nasceu em meio ao fogo cruzado. Já é uma vitoriosa...

E vocês pensam que o tráfico acabou? Pois estão enganados. Com a ocupação do Complexo do Alemão a venda de drogas apenas mudou de endereço e de estilo...

Agora os criminosos dão menos tiros e ganham mais dinheiro. De maneira mais tímida, como já vinha ocorrendo nas favelas ditas pacificadas. Os clientes até se sentem mais seguros para ir buscar a droga nas comunidades.

Os traficantes não têm mais de pagar informantes nem de corromper policiais. Creio que assim fica explicado porque os negócios passaram a render mais...

O tráfico só pára mesmo no dia em que não houver consumo. Mas tem um cara aqui, chamado Renato Cinco, que fundou o Movimento “A Marcha da Maconha”. Como ele acha que a procura sempre vai existir, prega a liberação geral. Inclusive pagando impostos.

Pois é aí que mora o perigo. Para burlar a tributação, o tráfico pode aumentar. Por isso continuo achando que a legislação não deve atenuar a pena para o consumidor, já que ele, estando na ponta, é quem produz assaltos, seqüestros e tragédia, inclusive para sustentar o vício, sob pena de morte.

Falei a disse!

Um comentário:

  1. Olá,

    Independente da polêmica, quero registrar que respeito muito seu trabalho e acredito que ambos estamos no mesmo lado, na busca por soluções para o problema da violência.

    Gostaria de te sugerir a leitura do site da Law Enforcement Against Prohibition (www.leap.cc), entidade internacional que congrega "agentes da lei" que defendem a legalização das drogas. No Brasil estão filiados, entre outros: Siro Darlan, Maria Lucia Karan, Rubens Casara (magistrados) e Orlando Zaccone (delegado).

    Meus votos de estima e consideração.

    Renato Cinco (renato_cinco@yahoo.com.br)

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