sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

É CERTO USAR PANOS QUENTES PARA QUEM CONSOME DROGAS?


Sei que vai ser difícil me fazer entender ou quem sabe, que as pessoas tenham frieza para raciocinar diante da turbulenta sucessão de fatos escabrosos, como a retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão.

Mas passada a convulsão, estancada a febre, chega enfim a hora de tratar a infecção de vez, sem paliativos. Nas últimas semanas, o Rio de Janeiro testemunhou verdadeira guerra no combate ao crime organizado. Foi necessário um efetivo de quase 3 mil homens, entre policiais e membros das Forças Armadas. O Comandante do Exército fala em manter ocupação nos mesmos moldes do que está sendo praticado no Haiti. Nada mais justo e certo para o momento...

Só que também chega a hora de pensar maior e verificar que a situação chegou ao ponto em que chegou por falta de investimentos sociais. Na falta de oportunidades. Inclusive na educação que é a base de tudo.

Gasta-se anualmente no ineficaz combate ao tráfico, quase 450 milhões de reais. Quantas escolas não seriam construídas com esse dinheiro?

Diante de tudo que veio a tona, os sociólogos, antropólogos, juridicólogos e outros ólogos, voltam a discutir a liberação das drogas.

E por que não discutir o fim das benesses legais que atenuam a situação do usuário? Não podemos esquecer que sem varejo não existe o atacado. O traficante só existe porque existe quem compre...

Salvo melhor juízo, a lei não pode continuar passando panos quentes sobre quem consome.

Falei e disse!

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