Faz 40 anos. Estávamos na
redação da Rádio Nacional. Plantão como Secretário de Jornalismo, Fred Pinheiro,
José Paulo Miziara ou quem sabe o Embaixador Souza Dantas... Não lembro bem...
Eis que de um salto, o então repórter Jorge Béja, recém formado ou terminando
direito, partia para sua segunda grande incursão como defensor dos direitos
humanos, o que aliás, nunca deixou de ser. Depois de interceder na campanha
para resgatar o Consul Aloísio Gomide, sequestrado no Uruguai, Béja colhia ao
telefone em absoluta primeira mão, informes sobre o sequestro de Carlos Ramires
da Costa – o menino Carlinhos; notícia que abalou o País por muito tempo. Foi
ele o primeiro repórter a chegar à Rua Alice, onde morava a família. Não com o
mero intuito jornalístico. Mas no afã de ajudar, como faz até hoje. Passados 40
anos, Jorge Béja agora acredita que, pela internet, conseguirá encontrar o
menino de outrora, hoje na faixa dos 50 anos. Eu mesmo, seguindo pistas que Béja
levantava, fui atrás de Carlinhos em Cascavel, no Oeste do Paraná, e, em
Cantagalo, próximo a Friburgo. Faltou conferir uma versão de Mariel Mariscot
Matos, misto de policial e bandido. Dizia que Carlinhos fora levado para o
Oriente Médio... Quem sabe agora, com facebooks e que tais, Carlos Ramires da
Costa, 40 anos depois, dê sinal de vida. O Jurista Jorge Béja acredita nisso.
Oxalá esteja certo!
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