De uma boa
intenção, que era garantir o voto consciente contra o poder dominante, o sigilo
nas votações foi deturpado pelos políticos brasileiros. Transformado em escudo,
para tomada de posições impopulares, sem risco de enfrentamento com a opinião
pública.
Por isso o
Povo protestou e conseguiu vitória parcial. A PEC sobre o voto secreto, um dos
tópicos do plebiscito proposto pela presidente da república, caiu na Comissão
de Constituição e Justiça. Detalhe é que nem estava na pauta. Foi posta as
pressas no cenário de discussões, por causa da pressão popular.
O texto, um
dos muitos que estavam esquecidos, é de autoria do senador Paulo Paim, do PT
gaúcho. Prega sessões abertas, mesmo para julgamentos de parlamentares por
quebra de decoro e cassações. Mas, não definitivo. O fim do voto secreto ainda
precisa passar pelo plenário, e alterar o regimento interno, para que as
composições da mesa diretora e das comissões especializadas também se deem por
voto aberto.
De qualquer
forma, as votações-relâmpago de projetos que visam a moralizar a política, como
ontem, viraram cenas corriqueiras no plenário e comissões do Congresso. A
intenção é mostrar serviço e diminuir os desgastes dos políticos. O que o Povo
agradece.
Agora falta
mobilização para derrubar o plebiscito e evitar que se gaste dinheiro à toa. Há
quem defenda o referendo popular, depois da votação da reforma política. Mas
nem isso é necessário. Os movimentos populares estão sinalizando o que o Povo
quer: Fim da corrupção. Fim das mordomias, decência na condução da coisa
pública e menos impostos.
Falei e disse!
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