Duas
coisas importantes a destacar na conquista do tetracampeonato da Taça das
Confederações pelo Brasil. Primeiro a artimanha do Felipão, transformando
verdadeiro exército de brancaleone. Segundo o esquecimento da Globo, a quem faz
sucesso em todas as conquistas brasileiras, mesmo depois de morto...
Galvão
Bueno por mais de uma vez referiu-se, na cobertura, à vinheta, como se ela
fosse um produto de computador, apenas tirado de uma prateleira. Não fez menção
aos nomes que a tornaram realidade. Aliás, ninguém nunca foi capaz de contar
como ela nasceu...
Pois
bem, rolava o ano de 1968. O cantor paraguaio Fábio Rolon fazia sucesso com a
música Estela. Cantava: Estelaaaaa! Tamanho foi o sucesso que o diretor do
Sistema Globo de Rádio, Mário Luiz Barbato, morto em 2009 após duas paradas
cardíacas, se inspirou para a gravação da vinheta “Radio Globoooo!!!”... Em
seguida foram gravadas vinhetas para todos os clubes de futebol, no mesmo
estilo...
Nas eliminatórias da Copa do
Mundo de 1970, o Locutor Waldir Amaral e Mário Luiz pediram a Edmo Zarife – o popularíssimo e
queridíssimo Zazá, voz padrão da Globo para chamadas,
Flamenguista e apaixonado pelo futebol, para gravar algo criativo para
estimular o torcedor.
Zarife
chamou o sonoplasta José Cláudio Barbedo (Formiga) para o estúdio. E, ali,
começaram a testar a combinação de ruídos e do grito que Zarife, seguindo o estilo
de Fábio Rolon, porém, com forte clamor de brasilidade. Marcou verdadeiro gol...
Pude testemunhar que foi de primeira! Apesar dos dois terem ouvido umas 30
vezes, antes de levar a fita aos diretores.
E
assim nasceu a vinheta, Galvão! Sucesso nacional, mesmo em emissoras que não
são do Sistema, mas, pirateiam a criação, pela qual Zarife e Formiga nunca receberam nada. Nem mesmo
o reconhecimento dos colegas, Galvão!
Formiga ainda está vivo,
trabalhando em consultoria de rádios. Edmo Zarife, que você hoje chama de “vinheta”,
morreu entre o natal e o ano novo de 1999, num hospital de Niteroi, onde foi
internado por problemas cardíacos. Mas, estará vivo em cada conquista
brasileira. Pois como diza Riberto Marinho, “o homem é eterno enquanto seu
trabalho permanece”. E eu completo: - mesmo com seu nome virando sinônimo de simples
vinheta...
Falei e
disse!
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