segunda-feira, 1 de julho de 2013

BRASIL-IL-IL! A VINHETA TEM NOMES, GALVÃO!


Duas coisas importantes a destacar na conquista do tetracampeonato da Taça das Confederações pelo Brasil. Primeiro a artimanha do Felipão, transformando verdadeiro exército de brancaleone. Segundo o esquecimento da Globo, a quem faz sucesso em todas as conquistas brasileiras, mesmo depois de morto...

Galvão Bueno por mais de uma vez referiu-se, na cobertura, à vinheta, como se ela fosse um produto de computador, apenas tirado de uma prateleira. Não fez menção aos nomes que a tornaram realidade. Aliás, ninguém nunca foi capaz de contar como ela nasceu...

Pois bem, rolava o ano de 1968. O cantor paraguaio Fábio Rolon fazia sucesso com a música Estela. Cantava: Estelaaaaa! Tamanho foi o sucesso que o diretor do Sistema Globo de Rádio, Mário Luiz Barbato, morto em 2009 após duas paradas cardíacas, se inspirou para a gravação da vinheta “Radio Globoooo!!!”... Em seguida foram gravadas vinhetas para todos os clubes de futebol, no mesmo estilo...

Nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, o Locutor Waldir Amaral e Mário Luiz pediram a Edmo Zarife – o popularíssimo e queridíssimo  Zazá,  voz padrão da Globo para chamadas, Flamenguista e apaixonado pelo futebol, para gravar algo criativo para estimular o torcedor.

Zarife chamou o sonoplasta José Cláudio Barbedo (Formiga) para o estúdio. E, ali, começaram a testar a combinação de ruídos e do grito que Zarife, seguindo o estilo de Fábio Rolon, porém, com forte clamor de brasilidade. Marcou verdadeiro gol... Pude testemunhar que foi de primeira! Apesar dos dois terem ouvido umas 30 vezes, antes de levar a fita aos diretores.

E assim nasceu a vinheta, Galvão! Sucesso nacional, mesmo em emissoras que não são do Sistema, mas, pirateiam a criação, pela qual  Zarife e Formiga nunca receberam nada. Nem mesmo o reconhecimento dos colegas, Galvão!

Formiga ainda está vivo, trabalhando em consultoria de rádios. Edmo Zarife, que você hoje chama de “vinheta”, morreu entre o natal e o ano novo de 1999, num hospital de Niteroi, onde foi internado por problemas cardíacos. Mas, estará vivo em cada conquista brasileira. Pois como diza Riberto Marinho, “o homem é eterno enquanto seu trabalho permanece”. E eu completo: - mesmo com seu nome virando sinônimo de simples vinheta...

Falei e disse!

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