quinta-feira, 15 de novembro de 2012


UNIR A FAMÍLIA CONTRA A VIOLENCIA FAZ SENTIDO...

O Câncer social impõe medidas de impacto para extirpar o tecido dominado pelo crime organizado. Mas nem o aumento do efetivo da Polícia, nem a ampliação da  estrutura, com mais equipamentos; valorização dos policiais de forma geral, com recomposição salarial; nem a criação da agência integrada de inteligência serão suficientes para cortar o mal pela raiz. Vai ser preciso investir na família!

Nesse sentido gostei da fala do deputado federal Junji Abe, do PSD de São Paulo, na audiência pública promovida pela Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Câmara. Mostrou que os atos violentos nascem dentro das casas e “crescem sem freios” no convívio social.

Observem como faz sentido o que disse textualmente o parlamentar: “Nos últimos 20 anos, o crescimento da criminalidade nos grandes centros urbanos tem sido avassalador e com tanta celeridade que tira dos estados a capacidade de reprimir o crime organizado”.

De um lado, a sociedade clama por medidas urgentes: maior contingente de policiais, de equipamentos, e ações de inteligência. De outro, o desespero do povo: tamanho, que todos gostariam de ver um policial em cada esquina...

Mas seria apenas enxugar gelo. Na verdade, o Brasil conquistou a estabilidade econômico-financeira, mas, passou a caminhar perigosamente pela rota do alto consumo. Individualista, distante da espiritualidade e da unidade familiar. Por isso Junji Abe prega com oportunidade e acerto o fortalecimento da instituição família, onde os pais voltassem a cumprir a missão de educar os filhos com valores elementares: dignidade, solidariedade, respeito e amor ao próximo, além de religiosidade, qualquer que seja o credo.

Paralelamente o poder público deveria investir na educação, com a implantação do período integral nas escolas a fim de proporcionar às crianças e adolescentes lições de cidadania, civismo, cultura, artes e esportes, garantindo ocupação saudável do tempo, hoje ocioso.

O deputado pontifica que sem a efetiva participação da sociedade, grande parte dos recursos financeiros necessários ao ensino, à saúde, saneamento básico, moradias e outros setores continuará migrando para a construção e manutenção de penitenciárias e casas de menores infratores, além de uma infindável série de novas delegacias, viaturas, câmeras de monitoramento.

A exclusiva ação beligerante apenas faz a violência mudar de endereço. Ora no Rio, ora em São Paulo, ora em Santa Catarina, gastando vidas e balas... Pior que a toa!

Falei e disse!

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