CIDADANIA
Por Marcos IVan de Carvalho
Há o que temer!
Muito mesmo.
A piscina do
Planalto tem espaço para só mais um rato.
Salve Cazuza, é
esse o País!
Enquanto isso, os
juros disparam, a vergonha está apanhando de dez a zero do pouco caso e da
falta de caráter.
Que tal, agora,
fazermos nossa parte para o Brasil buscar seu eixo, voltar a um equilíbrio
necessário para o futuro de nossos herdeiros?
Será que só
deixaremos para eles o mais empobrecido exemplo de falta de atitude, pouca
tomada de decisão e a pecha de termos sido covardes a ponto de engolir todos os
ratos que nos enfiaram garganta abaixo?
A força do povo precisa
ser exercida agora, pacificamente organizada, mas sem aquela coisa de
cordeirinhos a caminho do abate.
Vamos deixar que
nos cuspam na cara, serenamente conformados com a agressão? Há muito que temer.
Até mesmo o Temer...
Aliás, da esfera
federal para os mais longínquos balaios de gato da administração, existem
aqueles que se assoberbam do poder como se a eles fosse dada a titularidade
irrefutável de algozes do cidadão comum.
Talvez não consigam
ter o podre talento dos envolvidos em “lava jatos” da vida, mas corroem os
momentos de paz e patriotismo daqueles tantos operários de todas as atividades
honestas, jogando-os ao relento da falta de consideração, do desprezo, do pouco
caso.
Não consideram,
minimamente, a remota possibilidade de se acercarem dos humildes. Sofrem de
asco pela mais bela condição proposta pelo filho do Homem para os humanos de
agora se exercitarem fraternos, pacíficos, ordeiros e dignos de crédito, entre
si.
A piscina do
Planalto tem espaço para só mais um rato? E as cisternas dos povoados? Servirão
para saciar a sede do bando de nada bem intencionados capazes de
estacar as torneiras da renda mínima, provocando sede de justiça para com
seus supostos subjugados?
Pois não é preciso
mergulhar no túnel da imaginação, buscando descobrir onde seja possível
encontrar seres tão desumanos e vomitadores de falsa competência.
Se buscarem atentar
para detalhes não muito ocultos de qualquer administração pública, perceberão
escorrer, pelas entrelinhas de conversas, olhares, comportamentos e atitudes,
overdoses da mais requintada má fé, o escandaloso descaso, a desavergonhada
arrogância. Verdadeira exacerbação do abuso de poder.
Honrando,
justamente e em tempo, aqueles muitos, (maioria, felizmente), verdadeiros
templos de sabedoria, competência e respeitadores da pessoa humana, o que se
faz necessário destacar, o momento de já é carente de pessoas comprometidas com
o bom atendimento, a palavra séria e verdadeira, o respeito à dignidade das
demais pessoas.
Feijão fica
escondido, para esse bando de crápulas judiar do anônimo herói que
planta, independente do tempo, seus sonhos de melhor alimentar-se de matéria e
de ideais para alcançar seus sonhos.
O dinheiro do homem
comum não é problema deles, pois o povo garante seu ganho mensal declarado, sem
atrasos ou complicações. Sem mencionarmos, os “por fora”, ocultos de forma
aparentemente segura, mas que, bastando uma “dedurada”, aparecem aos borbotões,
jorrando pouca vergonha no entremeio de cada história de segredos porcos e
inomináveis em busca de mais poder impossível de ser absoluto.
Sim, impossível de
ser absoluto pela simples condição de serem, todos, humanos e farinha do mesmo
embornal. Não há confiança mútua, nesse balaio de gato. Por isso, não há
certeza de tudo ser ou ficar impune. Assim, se aproveitam da orgia para se
manterem no topo.
Quando escorregam,
adquirem velocidade ao resvalarem na “caca” deixada quando da subida. A sujeira
aparece, nua e crua, para a verdade se impor diante da “cara de paisagem” de
cada um.
Exemplos de boa conduta.
Seria condição “sine qua non” qualificadora dos eleitos para cargos de
confiança.
Cargo de confiança
mais importante do que o auferido ao chefe de qualquer Executivo, por meio das
urnas, deveria ser respeitado pelos nominados por este a outros tantos cargos
de confiança.
O que se percebe,
entretanto, é a descaracterização da confiança por conta do poder subido à
cabeça. Daí, sai da frente, minha gente, pois o trator da desconsideração é
capaz de arrastar tudo de bom que houver pela frente.
Já repararam que os
cargos de confiança têm, à sua disposição, mesas exclusivas ou, quando não,
digladiam pela cabeceira de uma menos particular e mais “comunitária”?
Confiança, era o
selo identificador dos Cavaleiros da Távola Redonda, aqueles da história do Rei
Arthur.
A távola, grande
prancha de madeira usada como mesa, era redonda para manter todos à mesma
distância, uns dos outros. Ou seja, ninguém se sobressaia ao ponto de querer
“se achar” como acontece com grande parte dos cargos de confiança de agora.
Naquele tempo não
havia relógio de ponto, mas a pontualidade era sagrada por atribuírem, a esta,
valor de qualificação. Hoje, mesmo sem precisarem “marcar o ponto”, os eleitos
não cumprem horário e se vangloriam de poderem ir e vir, sem terem desconto em folha.
Vai um servidor esquecer-se de marcar o ponto. Passa a ser objeto da
burocracia.
Na corrida contra o
prejuízo, o trabalhador de bem se arrebenta todo para não pagar juros, multas.
Faz a maior das ginásticas, sem ser atleta, para multiplicar o fruto do seu
suor e satisfazer os credores.
Pelas bandas dos
cargos de confiança, há muita gente (ih, como tem disso!), que não conhece o
verdadeiro papel de uma gaveta. Por isso, evitam abri-la, mesmo quando a ela
confiam algum documento importante para resolver as dificuldades de quem lhes
confiou o direito de exercerem um cargo, por nomeação de quem resultou
vitorioso nas urnas, pela confiança do povo.
Quando não isso,
têm o entendimento de que assinaturas só podem ser apostas em documentos quando
a vontade lhes vier ao cérebro. Enquanto isso não acontece, nem precisa a
secretária – geralmente também nomeada, ter pressa. Afinal, com assinatura ou
não num ou noutro papel do povo, o dindin vai tilintar também em sua conta
bancária, sagradamente no último dia útil de cada mês.
Entretanto,
enquanto se debruçam sobre o conforto do poder, muitas vezes esses cargos de
confiança se esquecem do tanto mal que fazem a outrem. Também deixam de se
lembrar dos adversários, considerando-os derrotados para sempre.
Ingênuos! Muitos
dos que perderam uma batalha não se consideram como perdedores da guerra. É no
tempo de ausência do cenário político que se reorganizam, se reestruturam, se
recuperam. Sem cargos de confiança, mas com muita confiança em conquistarem o
cargo.
Por incrível que
pareça, quatro anos voam com tal velocidade que até os mais descrentes passam a
acreditar na imbatível Lei do Retorno. E o Retorno, em qualquer estrada, é o
recurso de voltar para não continuar no erro ou no caminho errado.
Quem retorna, pela
própria Lei, vem com a força de corrigir. Por isso, o Retorno é muito mais
marcante do que a ida. Chega impactante, certeiro e se torna inesquecível...
Daí, não adianta
correr simplesmente para manter a forma. É preciso entender de respeito, ordem,
fidelidade verdadeira, honestidade, fraternidade e promover a igualdade. Vai
que você, cargo de confiança, precise de ajuda – logo ali na frente – de um
daqueles que você desconsiderou?
Aposto que você, em
ocupando uma posição de confiança nestes termos, vai morrer de vergonha ao
saber que ele não é igual a você e, sim, muito melhor em tudo. Menos em
safadeza, arrogância e incompetência..
Só para terminar:
quatro anos voam, como já dissemos.
Após esse prazo,
você vai precisar voltar a ser o você de antes, com menos, com pouco ou com
nada de confiança entre os seus.
Vai valer a pena?
Pense, principalmente se vale ameaçar
quem o contraria simplesmente por não ser farinha do mesmo saco...
É a minha Opinião.
Marcos IVan de
Carvalho
Jornalista MTb 36.001
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