O
raciocínio é perfeito. A oferta de sacolas plásticas para armazenamento das
compras realizadas nos supermercados constitui direito costumeiro do
consumidor. São anos de práticas comerciais estabelecidas pelos próprios
fornecedores, que primeiro distribuíam sacolas de papel, depois as plásticas.
Portanto, ver agora a dona de casa ou o chefe de família pelas ruas
equilibrando as compras é uma afronta à dignidade humana.
Este o
argumento levado ao foro Central da Comarca de São Paulo.
A
Associação Paulista de Supermercados também é acusada de não promover a
viabilidade da substituição das sacolas poluentes e de não ter incentivado o
desenvolvimento de projetos de conscientização ambiental, como constava do acordo
com o governo paulista. Visou apenas a escancarada ganância, como denunciou na
Câmara Federal o deputado Junji Abe do PSD.
Com
propriedade disse: “ganham apenas supermercadistas que transformaram a venda de
‘ecobags’ e afins em fonte de renda. O consumidor paga pelo saco, bem
mais poluente, onde colocará o lixo”.
A
propósito, o Conselho de Autorregulamentação
Publicitária suspendeu a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” em
todas as mídias, inclusive as eletrônicas, como blogs, sites, rádios, TV e
publicidade interna das lojas de supermercados. Porque, segundo o deputado “é
uma mentira descabida”.
Aliás,
Abraham Linconl, se fosse vivo, diria mais ou menos assim: você pode enganar
uma pessoa por muito tempo. Duas por algum tempo. Mas não vai conseguir enganar
a todas, o tempo todo”.
Falou e
disse. Eu também!
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