sexta-feira, 1 de junho de 2012

NÃO FOI NOTICIADO



Aos 95 anos, morreu Edith Bulhões, na Casa de Saúde Santa Terezinha, no Rio de Janeiro.
Com Guiomar Novaes e Magdalena Tagliaferro, Edith formou o trio das mais notáveis pianistas brasileiras
do Século XX. Aos 18 anos, com o Carnegie Hall lotado, tocou Chopin, Mozart e Beethoven e foi aplaudida de pé, demoradamente. O mesmo sucesso teve quando se apresentou no Teatro Colon, em Buenos Aires e também no Chile, encantando platéia, músicos da orquestra e o famoso maestro chileno Pablo Navarrete. Em todas as apresentações no Brasil e no Exterior, um dos números que era obrigada a tocar como "bis" era o "Voo do Bezouro", de Rimsky-Korsakov, peça de dificílima execução pela agilidade que exige dos pianistas.
Em 1965 inaugurou a série "Concertos Para a Juventude", programa ao vivo da TV Globo, todos os domingos às 10 horas da manhã.
Edith Bulhões morreu sem saber que o grandioso teatro que, com recursos próprios, construiu em Vitória (ES), foi retomado pela Justiça e derrubado para ser construído uma Delegacia da Receita Federal.
Seu corpo foi sepultado no jazigo da família Bulhões Marcial no Cemitério São João Batista.

Um comentário:

  1. Paulo de Bulhões Marcial Neto21 de novembro de 2016 às 16:53

    Prezado José Carlos Cataldi,

    Sou sobrinho da grande Edith Bulhões.
    Detenho algum material iconográfico e biográfico de Edith, e gostaria de fazer contato com você para conversarmos um pouco...
    Meu e-mail é pbmarcial@uol.com.br
    Saudações calorosas!
    Paulo de Bulhões Marcial Neto

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