quinta-feira, 14 de junho de 2012

A AGENDA PINDA +20 JÁ GANHOU O MUNDO

O Documento que a Sociedade de Pindamonhangaba produziu durante a Semana do Meio Ambiente e que ganhou o título AGENDA PINDA + 20 já está em mãos do Secretário do Ambiente no Rio de Janeiro, Carlos Minc.

As propostas foram desenvolvidas dentro dos temas: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável de Pinda”; “Política de diretrizes para erradicação da pobreza e disseminação das práticas de responsabilidade social”; “O Quadro institucional de Pinda para promoção do desenvolvimento sustentável”; e o “Plano Diretor de Pinda como mecanismo de estímulo efetivo do desenvolvimento sustentável”.

Quando trata da ECONOMIA VERDE nosso Povo propõe: Aumentar o controle e fiscalização de emissão de gases e resíduos químicos; Incentivar as ações voltadas para as iniciativas de compostagem para reaproveitamento em agricultura familiar; Incentivar a reciclagem de Resíduo Sólido Inerte; Criar os PEV – Posto de Entrega Voluntária de material reciclável e lixo tecnológico como política de governo; Ampliar  campanhas de comunicação sobre Coleta Seletiva, tornando-as permanentes;  Incentivar o processo de logística reversa; Realizar de forma permanente, campanhas educativas visando criar consciência de consumo na população; Incentivar a participação de agricultores (sobretudo agricultura familiar) em eventos que abordem o meio ambiente como forma de valorização da atividade.

Ao refletir sobre a PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, Pindamonhangaba sugere:  Continuar os programas de plantio de árvores em toda a cidade e área rural;  Conservar e assegurar a manutenção dos parques, jardins, áreas verdes, áreas de proteção permanentes (APP); Conservar e monitorar os recursos hídricos do município; Ampliar as campanhas de comunicação e de educação contra o uso de queimadas na zona rural.

Para a ERRADICAÇÃO DA POBREZA as propostas são: Fortalecer as cooperativas de material reciclável; Fortalecer todos os projetos que visam não só a valorização do meio ambiente, mas também o trabalho do agricultor, incrementando a economia do campo; Ampliar os projetos sociais com orientações sobre: plantio, equipamentos agrícolas, cooperativas e formas de financiamento para pequenos e médios agricultores; Ampliar os programas de assistência técnica à agricultura familiar, desenvolvimento do turismo rural, gastronomia rural e artesanato com materiais alternativos como forma de geração de renda; Incentivar a diversificação de culturas na área rural, com enfrentamento ao aumento desenfreado das plantações de eucalipto; Desenvolver projetos fundiários com a possibilidade da cessão espaços em regime de cooperativas para produtores rurais desenvolverem a agroindústria, a exemplo dos kibutz de Israel; Buscar a implantação, com a parceria dos governos estadual e federal, de ensino técnico rural, com bolsa de estudo para alunos de zona rural visando à formação de mão de obra especializada no campo, reduzindo o êxodo; Incentivar a formação de grupo de jovens protagonistas voluntários para multiplicar informações sobre os métodos e políticas para a erradicação da pobreza nos bairros onde o problema existe.

Finalmente, ao tratar PLANO DIRETOR, as propostas são: Ampliar e manter a malha de ciclovias, com incentivo à sua utilização; Incentivar o uso de bloquetes e paralelepipedos no calçamento de ruas facilitando a drenagem e infiltração das águas pluviais; Normatizar e fiscalizar os portos de areia, com ênfase na preservação ambiental; Discutir soluções regionalizadas para a questão de resíduos, recursos hídricos, florestas e outros aspectos ambientais regionais (Região Metropolitana do Vale do Paraíba); Implementar o zoneamento rural de acordo com a aptidão das propriedades e territórios; Elaborar proposta de Lei que vise a regulamentação para a aprovação de edificações verticais no sentido de minimizar o impacto e planejar ações que ofereçam a compensação dos equipamentos públicos e mobiliário urbano.

Num segundo passo, o Prefeito João Ribeiro e o Secretário de Governo Arthur Ferreira dos Santos deverão sustentar as propostas na Conferência das Cidades, agora marcada para setembro.

É Pinda fazendo sua parte e servindo de exemplo ao Mundo. Isso não tem preço.

Falei e disse!


Um comentário:

  1. Rio + 20%
    Enquanto o circo da sustentabilidade vende aos inocentes seus kits verdes de esperança, os não-inocentes garantem seu futuro sustentável em Brasília.

    No momento crucial da CPI do Cachoeira, quando o suspeito número um do Brasil, Fernando Cavendish, deveria ser convocado a depor, a nação estava distraída com o carnaval fora de época da Rio + 20.

    Resultado: o dono da Delta, pivô do que promete ser o maior escândalo de corrupção da história da República (em cifras e em alcance político), não precisou interromper seu descanso em Paris para se explicar aos brasileiros.

    A não-convocação de Cavendish pela CPI, sem um mísero cara-pintada na rua para incomodar a Tropa do Cheque no Congresso, quer dizer o seguinte: o Brasil está se lixando para o seu futuro.

    Pergunta aos foliões da Rio + 20: como planejar a sustentabilidade num país onde o orçamento da infra-estrutura é dominado por bandidos?

    O esquema Delta-Cachoeira fez a festa no topo do Estado brasileiro, comandando o PAC com obras superfaturadas. Cavendish fez um caixa que lhe permitia, segundo ele mesmo, comprar um parlamentar por 30 milhões de reais.

    O Brasil ecológico e sustentável permitiu que os bandoleiros da CPI protegessem esse cidadão. O Brasil ético está, como diria Paulo Francis, tecnicamente morto.

    Fica combinado assim: vamos brincar de salvar o planeta com relatórios poéticos e tratados sobre o sexo dos anjos. Enquanto isso, a quadrilha do Cachoeira cuida da sua reciclagem – evitando a extinção da espécie e do esquema.

    Que venha a Rio + 20%, onde os felizes herdeiros da operação Delta darão workshops sobre a sustentabilidade do golpe.

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