O Documento que a Sociedade de
Pindamonhangaba produziu durante a Semana do Meio Ambiente e que ganhou o
título AGENDA PINDA + 20 já está em mãos do Secretário do Ambiente no Rio de
Janeiro, Carlos Minc.
As propostas foram desenvolvidas
dentro dos temas: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável
de Pinda”; “Política de diretrizes para erradicação da pobreza e disseminação
das práticas de responsabilidade social”; “O Quadro institucional de Pinda para
promoção do desenvolvimento sustentável”; e o “Plano Diretor de Pinda como
mecanismo de estímulo efetivo do desenvolvimento sustentável”.
Quando trata da ECONOMIA VERDE
nosso Povo propõe: Aumentar
o controle e fiscalização de emissão de gases e resíduos químicos; Incentivar
as ações voltadas para as iniciativas de compostagem para reaproveitamento em
agricultura familiar; Incentivar a reciclagem de Resíduo Sólido Inerte; Criar
os PEV – Posto de Entrega Voluntária de material reciclável e lixo tecnológico
como política de governo; Ampliar
campanhas de comunicação sobre Coleta Seletiva, tornando-as permanentes; Incentivar o processo de logística reversa;
Realizar de forma permanente, campanhas educativas visando criar consciência de
consumo na população; Incentivar a participação de agricultores (sobretudo
agricultura familiar) em eventos que abordem o meio ambiente como forma de
valorização da atividade.
Ao refletir sobre a PRESERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE, Pindamonhangaba sugere: Continuar os
programas de plantio de árvores em toda a cidade e área rural; Conservar e assegurar a manutenção dos
parques, jardins, áreas verdes, áreas de proteção permanentes (APP); Conservar
e monitorar os recursos hídricos do município; Ampliar as campanhas de
comunicação e de educação contra o uso de queimadas na zona rural.
Para a ERRADICAÇÃO DA POBREZA as
propostas são: Fortalecer
as cooperativas de material reciclável; Fortalecer todos os projetos que visam
não só a valorização do meio ambiente, mas também o trabalho do agricultor,
incrementando a economia do campo; Ampliar os projetos sociais com orientações
sobre: plantio, equipamentos agrícolas, cooperativas e formas de financiamento
para pequenos e médios agricultores; Ampliar os programas de assistência
técnica à agricultura familiar, desenvolvimento do turismo rural, gastronomia
rural e artesanato com materiais alternativos como forma de geração de renda; Incentivar
a diversificação de culturas na área rural, com enfrentamento ao aumento
desenfreado das plantações de eucalipto; Desenvolver projetos fundiários com a
possibilidade da cessão espaços em regime de cooperativas para produtores
rurais desenvolverem a agroindústria, a exemplo dos kibutz de Israel; Buscar a
implantação, com a parceria dos governos estadual e federal, de ensino técnico
rural, com bolsa de estudo para alunos de zona rural visando à formação de mão
de obra especializada no campo, reduzindo o êxodo; Incentivar a formação de
grupo de jovens protagonistas voluntários para multiplicar informações sobre os
métodos e políticas para a erradicação da pobreza nos bairros onde o problema
existe.
Finalmente, ao tratar PLANO
DIRETOR, as propostas são: Ampliar e manter a malha de ciclovias, com incentivo à sua utilização; Incentivar
o uso de bloquetes e paralelepipedos no calçamento de ruas facilitando a
drenagem e infiltração das águas pluviais; Normatizar e fiscalizar os portos de
areia, com ênfase na preservação ambiental; Discutir soluções regionalizadas
para a questão de resíduos, recursos hídricos, florestas e outros aspectos
ambientais regionais (Região Metropolitana do Vale do Paraíba); Implementar o
zoneamento rural de acordo com a aptidão das propriedades e territórios; Elaborar
proposta de Lei que vise a regulamentação para a aprovação de edificações
verticais no sentido de minimizar o impacto e planejar ações que ofereçam a
compensação dos equipamentos públicos e mobiliário urbano.
Num segundo passo, o
Prefeito João Ribeiro e o Secretário de Governo Arthur Ferreira dos Santos
deverão sustentar as propostas na Conferência das Cidades, agora marcada para
setembro.
É Pinda fazendo sua
parte e servindo de exemplo ao Mundo. Isso não tem preço.
Falei e disse!
Rio + 20%
ResponderExcluirEnquanto o circo da sustentabilidade vende aos inocentes seus kits verdes de esperança, os não-inocentes garantem seu futuro sustentável em Brasília.
No momento crucial da CPI do Cachoeira, quando o suspeito número um do Brasil, Fernando Cavendish, deveria ser convocado a depor, a nação estava distraída com o carnaval fora de época da Rio + 20.
Resultado: o dono da Delta, pivô do que promete ser o maior escândalo de corrupção da história da República (em cifras e em alcance político), não precisou interromper seu descanso em Paris para se explicar aos brasileiros.
A não-convocação de Cavendish pela CPI, sem um mísero cara-pintada na rua para incomodar a Tropa do Cheque no Congresso, quer dizer o seguinte: o Brasil está se lixando para o seu futuro.
Pergunta aos foliões da Rio + 20: como planejar a sustentabilidade num país onde o orçamento da infra-estrutura é dominado por bandidos?
O esquema Delta-Cachoeira fez a festa no topo do Estado brasileiro, comandando o PAC com obras superfaturadas. Cavendish fez um caixa que lhe permitia, segundo ele mesmo, comprar um parlamentar por 30 milhões de reais.
O Brasil ecológico e sustentável permitiu que os bandoleiros da CPI protegessem esse cidadão. O Brasil ético está, como diria Paulo Francis, tecnicamente morto.
Fica combinado assim: vamos brincar de salvar o planeta com relatórios poéticos e tratados sobre o sexo dos anjos. Enquanto isso, a quadrilha do Cachoeira cuida da sua reciclagem – evitando a extinção da espécie e do esquema.
Que venha a Rio + 20%, onde os felizes herdeiros da operação Delta darão workshops sobre a sustentabilidade do golpe.