Ontem a terça foi sexta-feira em Pindamonhangaba. Sim porque além do 7 de setembro, oito também é feriado por aqui, a vista da comemoração da padroeira Nossa Senhora do Bonsucesso. Por conta disso, ninguém vai trabalhar na sexta-feira. A não ser quem não tem padrinho ou leva a vida muito a sério.
Por aqui a festa da Independência tem sabor especial. Afinal, mesmo chegando aqui com a emancipação de Portugal trazida no bolso, decidida que estava no Grande Oriente do Brasil, o príncipe Dom Pedro, que na Maçonaria era o “Irmão Guatemosi”, queria ter certeza de que São Paulo o apoiaria. Por isso foi de suma importância partir de Pinda com uma “Legião de Honra”. Jovens militares de famílias tradicionais que lhe deram força às margens do Ipiranga. Para sair da dominação de Portugal, à época meio que “dono do Mundo”...
Acho que as escolas falam pouco sobre o papel de Pindamonhangaba na Independência do Brasil. Importância reconhecida nacionalmente, quando os despojos do imperador retornaram de Portugal aqui à Terra de eleição do monarca. Pedro Primeiro “pernoitou” simbolicamente ao lado dos bravos camaradas em câmara ardente, na Igrejinha de São José onde repousam os legionários pindamonhangabenses, antes da partida definitiva para o Memorial da Independência na Capital deste Estado de São Paulo.
A semana, porém, se encerra com tristeza... Lá se vão 10 anos do trágico atentado contra as Torres Gêmeas de Nova Iorque, e, mesmo sem Bin Laden por perto, os norte-americanos vivenciam o pesadelo a cada tremor de terra ou vento mais forte que mexe com suas lembranças.
É o preço caro que pagam por quererem ser “donos do mundo”.
Falei e disse!
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