Pesquisa qualitativa curiosa do IBOPE. Os entrevistados foram os próprios pesquisadores. Conclui que a internet vai influenciar ainda mais no resultado das eleições de 2012 do que já influiu em 2010. O encontro foi organizado por Silvia Cervellini, diretora do Ibope Inteligência e autora de um dos mais interessantes estudos sobre a eleição de 2010, levado ao congresso anual da Associação Mundial de Pesquisa de Opinião.
Demonstrou como o voto religioso, impulsionado pela discussão sobre legalização do aborto na internet, moldou a reta final da campanha presidencial.
Na próxima, com mais eleitores online, participantes de Orkut, Facebook, Twitter e Google Plus, entre outras redes, a influência da internet tende a aumentar. Os novos hábitos de troca de informações aumentarão também a virulência dos boatos e notícias. Os casos da "legalização do aborto (Dilma)" e da "bolinha de papel (Serra)" em 2010 foram citados como exemplos disso.
Os principais instrumentos devem ser: monitoramento de redes sociais, blogs, mobilização via Facebook, Orkut e Twitter. A magia negra da técnica que influencia resultados de buscas em mecanismos como o Google, pode ser usada para beneficiar um candidato ou prejudicar o adversário, associando-o a um fato negativo. O celular também é peça-chave. Encontra o eleitor onde estiver. Mas precisa ser usado com moderação para não saturar.
Enfim, temas que normalmente ficam fora da cobertura dos jornais, rádio e TV encontram espaço na mídia alternativa para ampliar o debate, especialmente questões de interesse local, fazendo tanto alvoroço que acabarão por pautar os meios de comunicação tradicionais.
Pode parecer fácil. Mas isso não é trabalho para amadores. Como consequências, os pesquisadores do IBOPE enumeram: Outsiders, candidatos pouco conhecidos e zebras passam a ter mais chances, porque dispõem de uma plataforma de grande penetração e comparativamente barata para alcançar os eleitores. Apesar de tudo não serão dispensados bons discursos e estratégias.
Tá ai a receita. Falei e disse!
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