quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SE FOR PRA FAZER FAXINA, TEM DE COMEÇAR PELO SARNEY



Tá explicado por quê o Senado se empenhou tanto para que o Tribunal Regional Federal de Brasília suspendesse a decisão que mandava cortar os supersalários na Casa. Com a medida o Senador José Sarney poderá voltar a receber em torno de 62 mil reais por mês.

Para você entender. No mês de julho o Senado, obedecendo a uma decisão da Nona Vara Federal de Brasília, cortou todos os pagamentos a seus servidores que ultrapassem 26 mil e 700 reais, valor teto constitucional do funcionalismo, que corresponde ao que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Na ação do Ministério Público é citado o caso pessoal do presidente do Senado. Um inquérito civil indicou que Sarney recebia em 2007 mais de 52 mil reais por mês, o que segundo o procurador Francisco Guilherme Vollstedt Bastos foi admitido pelo próprio parlamentar.

Segundo o MP, Sarney recebe duas aposentadorias, como ex-governador do Maranhão e como servidor do Tribunal de Justiça daquele estado, além do salário de senador em Brasília. Em 2009, o jornal Folha de São Paulo mostrou que as duas aposentadorias de Sarney somavam 35 mil 560 reais e 98 centavos, em valores de 2007. Com o salário de senador da época – 16 mil e 500 – ele ganharia 52 mil reais. Como o salário de senador hoje é de 26 mil 723 reais e 13 centavos, a remuneração de Sarney seria agora de pelo menos 62 mil 284 reais e 11 centavos, considerando-se os documentos noticiados pelo jornal e ignorando-se eventuais reajustes nas aposentadorias. E ele ainda precisa pegar emprestado o helicóptero que transporta doentes...

Por meio de sua assessoria, Sarney afirmou que suas aposentadorias são um assunto privado. O uso do helicóptero do salvamento para o transporte particular, pelo visto também.

Penso que o nobre senador seja uma espécie de ‘Gadaffi à brasileira’. Sempre acima do bem e do mal. Um dia nosso Povo também vai acordar como o da Líbia. Quem sabe a Dilma possa incluí-lo também na faxina...

Falei e disse.

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