domingo, 10 de abril de 2011

ATÉ QUEM NÃO É DE CHORAR, CHOROU...

A emoção tomou conta do Brasil. Viajou, como manchete, rapidamente pelo mundo. Na velocidade da luz, como hoje voam as boas e más notícias.

O terceiro sargento Márcio Alves, há 18 anos na PM, depois de atirar e parar o autor da mais fria chacina dos últimos tempos, afirmou que avisado por um menino ferido, se dirigiu à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, e ali se defrontou com o assassino frio e calculista que, àquela altura, já havia matado friamente 12 crianças, com tiros no tórax e na cabeça.

O matador era ex-aluno do colégio. Filho adotivo, mas criado com o mesmo carinho devotado aos consanguíneos. Tímido, segundo a irmã, ultimamente andava compulsivamente ligado ao computador e ao fundamentalismo religioso.

“Encontrei o meliante saindo da sala e o impedi de chegar ao terceiro andar. Ele veio com a arma apontada. Eu atirei. Ele caiu na escada. Depois de baleado, cometeu suicídio. A menina veio. Pediu para me dar um beijo de gratidão. Eu chorei”, afirmou o experiente, porém humano, policial.

Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos! O que se passava na cabeça desse jovem que se matou depois de todo o estrago? Estava premeditado a fazer tudo o que fez. Deixou carta confusa em que pedia perdão a Deus e a Jesus.

Possuído, Wellington foi o que se pode definir como máquina mortífera. Carregava e descarregava duas armas com rapidez profissional, porque fez mais de 30 disparos com dois revólveres comuns: um 32 e um 38.

Mais de 400 jovens estudavam nas 14 turmas do 4º ao 9º ano na Escola Tasso da Silveira, transformada em território em que ninguém quer mais entrar...

A tragédia poderia ter sido maior, se o experiente sargento Marcio Alves não tivesse raciocínio rápido para avaliar a importância do fato que se sobrepunha à missão que cumpria no trânsito das cercanias.

Ao final do Jornal Nacional, a informação de que uma testemunha que estudou com o autor da chacina, dizia que ao longo de toda a escolaridade só ouvira Wellington falar duas vezes, e, que nos últimos dias, ele, que mudara para Sepetiba, distante dali, era visto com frequência diante da escola, olhando fixamente para o prédio.

Quanto ódio no coração desse homem. Um perseguido do passado? Vítima do ‘buling’? Tão somente explica... Melhor seria poder ter segurado sua mão e perguntado ao matador sanguinário: - moço, quanto vale o teu desatino, para causar tanta dor no coração todos brasileiros? Choram os pais das vítimas!

Choram seus Amigos! Até o sargento, acostumado a ver a morte de perto em tantos confrontos... Todos nós choramos...

Repito sem medo de errar, Amigos! Até quem não é de chorar, chorou...

Falei e disse!

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