quarta-feira, 11 de novembro de 2009

TOMARA QUE NINGUÉM SE OFENDA


Vai longe o tempo em que uma eleição na OAB se fazia de modo interno. Hoje em dia até aviões são fretados e postos à disposição de campanhas nos estados ou nacionalmente.

Por quê é tão interessante ser Presidente da OAB? É a pergunta que sempre faço, após ter convivido intimamente com a Ordem por mais de 15 anos consecutivos, sendo dela: delegado da Comissão de Defesa e Prerrogativa, Conselheiro Seccional, Conselheiro Federal por 4 vezes, Membro, Coordenador e Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, e, tesoureiro da CAARJ, pedindo para sair antes do circo pegar fogo...

Nunca paguei um tostão para integrar qualquer chapa. Mas sei de gente que contribui com rios de dinheiro para fazer parte delas, em busca do sucesso nas urnas...

Os Presidentes a quem acompanhei a trajetória sempre se queixaram do peso do trabalho sem remuneração...

Por quê então tanto empenho e tantos gastos? De onde vem tanto dinheiro, e, a troco de quê?


Vaidade? Tráfico de influência? Trampolim para cargos de confiança? Visibilidade para a política? Oportunidades futuras nos principados da magistratura superior?

E ainda tem gente que passa o dia criando e-mails e me indicando que a “chapa tal é + e a chapa tal é muito + “...

O que ninguém percebe é que a classe está cada dia mais proletarizada! Que os advogados do interior ficam a cada instante mais subjugados, enquanto os punhos de renda, visão voltada para a ambição, só pensam na gente na hora de pedir o voto.


Atenção! Muita atenção! Advogado tem a obrigação de não ser bobo!

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