A próxima Cúpula das Américas, em Cartagena, na Colômbia, terá finalmente em pauta o tão aguardado debate sobre a descriminalização ou não das drogas. Muitos acham que só a liberação acaba com o fantasma. Outros acham que a discussão logo na Colômbia, tida como cartel, não levará a nada...
Alguma coisa precisa ser feita. Só repressão e campanha educativa não estão dando certo. A recuperação quase sempre resulta em recaída. A prisão e dispersão, tipo a que ocorreu nas ‘cracolândias’, só faz espalhar os usuários. O crack está se interiorizando. Vide o fim de semana no Vale do Paraíba, e, principalmente o fim do baile no Marinelli Hall, aqui em Pindamonhangaba, onde ciclistas possuídos despejaram balas nos que saiam da balada...
A guerra contra as drogas nas Américas começou oficialmente há quatro décadas. Richard Nixon declarou lá nos anos 70, que os entorpecentes eram o “inimigo público número um” dos Estados Unidos. De lá para cá, no entanto, não houve dinheiro, legislação ou repressão capaz de frear o crescimento do consumo e do tráfico. Ao contrário: os cartéis se fortaleceram e difundiram a violência pelo continente. Só no México, a violência associada ao crime organizado e ao narcotráfico matou cerca de 50 mil pessoas em pouco mais de cinco anos.
Cientes de que a briga está praticamente perdida, governos latino-americanos estão pressionando os Estados Unidos a debaterem a opção da descriminalizar a droga. E, pela primeira vez em 40 anos, os norte-americanos, que formam o maior mercado consumidor do mundo, estão aceitando discutir o assunto.
Pra princípio de conversa é preciso vencer a hipocrisia de achar que álcool não é droga. Aliás é preciso começar observando que dinheiro em excesso na criação dos jovens também é uma droga, que inverte valores e até verdades processuais, comprovando que rico dificilmente vai para a cadeia...
Aqui riquinho atropela, mata e ainda vai à missa!
Falei e disse!
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