terça-feira, 31 de maio de 2011

ATÉ QUE ENFIM...

Ficava meio que decepcionado porque enquanto conselheiro federal da OAB participei de todos os antecedentes e da consumação do procedimento de ‘impeachment’ que levou à renúncia o Presidente Fernando Collor de Mello que, afinal, todos nós do Conselho assinamos.

Não tenho dúvida alguma que por muito menos do que vem se acumulando ao longo de 9 anos de PT no exercício da presidência da república, Collor pagou um preço muito mais caro por atos de pessoas que o cercavam, como aconteceu com Lula e agora com Dilma.

Por isso não vinha entendendo o imobilismo da OAB Federal diante dos acontecimentos de agora, desde o mensalão, cuecas, meias, até acúmulos patrimoniais maiores do que as possibilidades, e, inclusive, emissão de passaportes diplomáticos sem causa.

Agora, diante do rumoroso caso Palocci, vejo uma atitude concreta. O Presidente Nacional da OAB, Ophir Cavalcante defendendo o afastamento imediato do Ministro Chefe da Casa Civil, até que o titular da pasta, preste devidas explicações sobre seu vertiginoso aumento patrimonial e possível tráfico de influência.

Em entrevista, Ophir criticou a Controladoria Geral da União por não abrir investigação sobre as denúncias. Além de mostrar-se favorável a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil disse textualmente: “O pedido de afastamento é algo que soaria muito bem no âmbito da sociedade (...) deixaria o governo Dilma muito mais tranquilo”.

Francamente, Eu me sentiria mais tranquilo se a OAB Federal agisse como agiu com o Collor. Como não agiu, acho até que o Sarney fez certo, ao retirar da história do senado, no corredor do túnel do tempo, ontem, os detalhes do julgamento de Fernando Collor de Mello.

Collor foi café pequeno, perto de tudo que tem acontecido e ainda deve acontecer, infelizmente. Perdeu-se de fato, e, de vez, a vergonha na cara!

Falei e disse!

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