Algum acerto assiste aos críticos do pacote
anticorrupção apresentado pela presidente da república: demorado, demagógico e
inócuo. Afinal, toda vez que Dilma Rousseff se viu apertada falou nele. Desde
as manifestações de 2013, durante a campanha de 2014, e, finalmente agora, sem
qualquer novidade que superasse a eficiência do código penal, se bem aplicado.
Mesmo assim o dia estava relativamente bom
para enfrentar a queda de popularidade. Dilma até mudou de roupa e podia até
cantar: vesti azul, minha sorte então mudou... não fosse o pavio curto de Cid
Gomes, empurrado á câmara para se retratar por ter parafraseado o então
deputado Lula, indicando a existência de pelo menos 300 picaretas no
parlamento. Desandou o caldo na relação entre o executivo e o legislativo...
Numa coisa, porém, a presidente acertou.
Quando disse que a corrupção é uma senhora muito antiga no Brasil. Afinal,
fomos colonizados por degredados portugueses que subornaram as cortes, dando
imóveis em troca de títulos de nobreza, como ‘baronesa de mataporcos’. Depois,
Dom João Sexto comprou o silêncio do comendador Fernando Carneiro Leão, amante
da mulher dele, Dona Carlota Joaquina; fundando e dando a ele a presidência do
Banco do Brasil...
Mas voltando ao pacote, parece tão óbvio
quanto a lição cantada do palhaço carequinha: “o bom menino não
faz xixi na cama... O bom menino não faz malcriação... O bom menino vai sempre
à escola... E na escola aprende sempre a lição...”. Ainda assim, menos
demagógica que a proposta do PSDB, sugerindo a extinção de Partidos políticos
que tenham aceitado propina... Será que quer isso mesmo?
Falei
e disse!
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