sábado, 19 de abril de 2014

PERPLEXIDADE

Cursava Direito Canônico na primeira turma do Instituto Superior criado pela Arquidiocese do Rio, àquela época seguindo orientação da universidade Gregoriana de Roma. Me surpreendi quando Dom Eugênio Sales, hoje distante desse mundo, resolveu perseguir Leonardo Boff, e, de tabela o irmão dele, Clodovís Boff, em sua cátreda na PUC. Leonardo, por obediência, foi punido com o silêncio obsequioso. Depois deixou o sacerdócio, casou e hoje escreve por dom da bondade de Jesus. Não sei o que ocorreu a Clodovís, porque me afastei da Igreja fundada por homens, não pessoalmente pelo Cristo ou por Deus.

Hoje, em data que a Cristandade em todo mundo celebra a Aleluia da Ressurreição de Jesus, sou surpreendido por nova decisão infeliz e contraditória de outro Cardeal do Rio de Janeiro. A mim notificada pelo jurista carioca Jorge Béja, em mais um artigo extremamente lúcido. Talvez intuído por uma inteligência ainda maior, porque Divina.

Ao invés de abrir-se aos pobres e acolhê-los em suas dores e mágoas, cerram-se as portas do templo.

Que depois da leitura, os Cristãos, especialmente os católicos, consigam ter Boa Páscoa, mesmo encontrando sua principal Igreja de portas fechadas...

José Carlos Cataldi

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