JÁ DIZIA BRIZOLA...
Leonel Brizola dizia que a
maquininha da eleição não era confiável. Eu mesmo debochei dele. Mas o
auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro, aberto ao
público, foi pequeno para quem assistiu, durante 3 horas e meia, um hacker de
apenas 19 anos mostrar ao especialista em transmissão de dados, Reinaldo
Mendonça, e ao delegado de polícia, Alexandre Neto, como faz para interceptar
dados e favorecer a determinado candidato, através de acesso ilegal e
privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral.
A reunião para provar que a urna
eletrônica não é confiável como se imagina foi promovida pelos institutos de
estudos políticos do Partido da República: o Instituto Republicano; e do
Partido Democrático Trabalhista: a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
O rapaz disse textualmente: “A
gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo
transmitidos para a totalização e depois que 50 por cento dos dados já foram
transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está
prestes a ser fechada”.
O depoimento do hacker – disposto a
colaborar com as autoridades – foi chocante até para os palestrantes convidados
para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos
representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral; o professor da Ciência da
Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que
estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil; e o jornalista Osvaldo
Maneschy, coordenador e organizador do livro “Burla Eletrônica”, escrito em
2002 ao término do primeiro seminário independente sobre o sistema eletrônico
de votação em uso no país desde 1996.
O hacker está vivendo sob proteção
policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que
não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos
privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem
oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Brasil - o país da fraude!
Falei e disse!
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