Todo mundo riu quando mais ou menos 15 anos atrás o então prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia entrou num açougue e pediu um sorvete. Certo que de vez em quando ele faz coisas mirabolantes, mas acho que no caso estava apenas antevendo o futuro. Hoje compra-se chiclete e balas nas farmácias, remédios nos botequins e padarias, eletrodomésticos em supermercados, e faz-se lanche em açougues, por que não...
O que não está combinando bem, mormente em tempo de insegurança plena, é instalar caixas eletrônicos em estabelecimentos comerciais. Além de lesar bancários e expor a risco sem retorno os comerciários, os caixas em lojas que não dispõem de vigilantes levam a exposição perigosa, lojistas e clientes.
O PPS decidiu recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que a resolução do Conselho Monetário Nacional, permitindo a estabelecimentos comerciais executarem serviços bancários seja suspensa. A resolução propiciou, por exemplo, que supermercados possam ser contratados pelos bancos para receberem o pagamento de boletos de seus consumidores.
Na arguição, O Partido argumenta que a resolução desrespeita direitos trabalhistas dos funcionários desses estabelecimentos, que exercem funções semelhantes às de bancários sem terem respeitados os mesmos direitos.
Além do mais o PPS argumenta que matérias que tratam do sistema financeiro têm que ser estabelecidas necessariamente em lei complementar, não por mera resolução...
Eu cá digo o seguinte: o tempo também não é para suprimir empregos de bancários que operam num dos setores mais lucrativos do país.
Se não for por uma questão de legalidade e segurança, que a suspensão dos caixas obedeça, no mínimo, o bom senso...
Falei e disse!
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