terça-feira, 15 de novembro de 2016

CIDADANIA
A REPÚBLICA DA FOFÓCA
Não fora uma enorme rede de intrigas e o Brasil poderia ainda hoje viver num regime monárquico...
Em 1884 havia apenas 3 deputados republicanos, dentre eles, os futuros presidentes Prudente de Morais e Campos Sales. Na eleição seguinte, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano elegeu somente dois. Daí, perceberam que não venceriam pelo convencimento.
Os republicanos quiseram então escolher um líder militar. O Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, alagoano, de família tradicional de heróis no Exército, era a pessoa ideal. Mas convencê-lo a derrubar Dom Pedro não seria fácil. Mesmo na hora da quartelada ele só queria derrubar o Visconde de Ouro Preto, primeiro-ministro; por intriga de que ele iria mandar prendê-lo e ao tenente-coronel Benjamin Constant.
De convicções monarquistas, Deodoro declarava ser amigo e devedor de favores ao imperador. Mas acabou convencido a proclamar a república por força de outra fofóca. Quintino Bocaiuva e o Barão de Jaceguai disseram a ele que o imperador havia escolhido para suceder o Visconde de Ouro Preto como primeiro-ministro, um certo Gaspar Silveira Martins que, na juventude, disputou a mesma namorada com o Marechal. Deodoro estava constipado. Irritadiço! Ele, que momentos antes bradara diante da tropa um “viva sua majestade, o imperador”, acabou seduzido a derrubar o império.
Pedro Segundo vinha do desgaste do Baile da Ilha Fiscal, bancado com dinheiro desviado da seca do nordeste em arrego à Marinha do Chile que ameaçava o Brasil. O imperador não reagiu. Embora a Princesa Isabel e o Conde D’Eu o instigassem. Temeu por um conflito de sangue entre brasileiros. Preferiu retirar-se da História.
E fez-se assim a República do Brasil que hoje se comemora com pompa, circunstância e feriado. A base de muita trairagem e fofóca...

Falei e disse!

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