sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FILHO FEIO NÃO TEM PAI

Sempre ouvi dizer que o transporte aéreo é mais seguro que o terrestre. E o noticiário vindo do Rio de Janeiro prova que é verdade. O jatinho que caiu na baia de Guanabara não machucou ninguém. Mas o trem que bateu feriu 20. E pode contar que não vai aparecer culpado. Filho feio, como eu disse, não tem mesmo pai...

Também aposto que não vai aparecer ninguém para assumir os dados negativos sobre as casas populares, que foram omitidos pela Caixa Econômica... Também sou capaz de apostar que ninguém vai assumir, no futuro, a responsabilidade para má qualidade dos profissionais produzidos pelas universidades públicas, repletas de protecionismos, agora também com cotas para pessoas de baixa renda...

Aqui é sempre assim. Tudo acaba em samba, e a gente fica sempre sem saber a verdade...

Agora mesmo o Irã anuncia que Lula mentiu quanto ao pedido pela adúltera que será condenada a pedradas ou a forca... O Chanceler Celso Amorim, no entanto, reafirma que a oferta de asilo foi formalizada... Enquanto isso, o “Cumpanhero Neja” tem como trunfo a exibição da gravação da mulher confessando que traiu o marido, lembrando aquele sucesso, na voz de Dalva de Oliveira: “ERREI SIM, MANCHEI O TEU NOME... MAS FOSTE TU MESMO O CULPADO. DEIXAVAS-ME EM CASA ME TROCANDO PELA ORGIA. FALTANDO SEMPRE COM A TUA COMPANHIA...”


Mas, em matéria de exibição de mau gosto, a TV continua fazendo show com as entrevistas políticas, que não estão mostrando ao eleitor os programas de governo dos candidatos... Foi assim no Rio. É assim aqui em São Paulo, onde o debate merecia título de Silvio Santos: Todos contra um... Alckmin, cuja saída foi atacar o governo federal, sem mostrar o que pretende para São Paulo...


E fica o legislador preocupado com programas humorísticos que ridicularizam políticos. Como eu disse no início, filho feio não tem mesmo pai... Ninguém assume a paternidade da lei inconstitucional que restringe a liberdade de crítica aos políticos em campanha, através de programas de humor. O Tribunal Superior Eleitoral se apressa em anunciar que não partiu dele a proibição...

Mas afinal, o legislador perdeu tempo em se proteger dessa forma. Não é preciso um humorístico para arrancar risos da propaganda eleitoral. Me faz lembrar, quando estive em Lisboa, e, um engraçado da excursão perguntou ao guia português, porque ele não contava piada de brasileiros...

Ao que o fidalgo respondeu: - não preciso contar piadas para rir de brasileiros... basta olhar pra eles...

FALEI E DISSE!

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