quarta-feira, 23 de junho de 2010

LOGO QUEM, PRA RECLAMAR DE ‘JOGO SUJO’...

Sabia que não ia terminar bem a brincadeirinha da Skol de lançar no mercado latinha falantes, que chamam o argentino de maricón. Os caras gostam de tirar sarro com brasileiro. São marrentos como o Maradona. Manhosos como o Messi que reclamou do jogo sujo dos gregos. Mas são mordidos de cobra. Têm trauma quando vêem a coisa espetar pro lado deles. É provável que a Skol tenha de tirar a publicidade do ar. Como também é provável que os Argentinos venham com tudo pra cima do Brasil, se a seleção do Dunga vencer Portugal, única chance desse campeonato, com cara de Copa América, terminar com o duelo de Titãs...

No nordeste não há foco para a copa. Os olhos marejados de lágrimas pelo sofrimento e a dor, estão voltados para a tragédia que, aliás, mobiliza o País. O governo federal já liberou metade da ajuda estimada em 100 milhões de reais para as vítimas das chuvas. Mas a recuperação das 7 cidades mais atingidas de Alagoas pode levar no mínimo 3 anos...

E é nesse País de contrastes, entre a miséria absoluta e o descalabro, que a gente se defronta com a insensibilidade de políticos corruptos, que escondem dinheiro na meia e na cueca. A deputada da bolsa finalmente foi cassada.

Mas há também o desplante de incluírem nas reivindicações da greve do judiciário que um copeiro da justiça tenha salário básico de 9 mil reais... Ta certo que precisam de um aumento. Mas 56 por cento? É brincar com o sorriso aflito expressado nos bolsões de miséria pelo Brasil... E cá entre nós... Que ninguém nos ouça... A justiça não funciona tão bem assim. Tanto é que o País é essa injustiça geral...

De modo que, tirante o principal – como diz o minerim – tudo o mais é acessório hoje nos jornais. É Serra e Dilma remexendo esse tar de dossiê... É discussão se o capitar que entra aqui é especulativo ou não... É discussão sobre o pré-sar e capitalização da Petrobrás... e é censura de 326 dias do Sarney ao Estadão...

Mas já que citei o minerim, do alto da sabedoria do matuto, ele cuspiria do canto da boca, com a paia enfumaçada ainda no outro, e, diria: “pra tudo isso tem jeito. Só num tem jeito pra morte”.

E é em respeito a essa dor que me solidarizo com a dupla sertaneja mais amada e admirada do Brasil... Chitãozinho e Xororó perderam dona Aracy de repente. Aos 77 anos ela não resistiu ao infarto. Dor que pode ficar menos triste, quando a gente perceber que apenas tá devolvendo a mãe da gente pra Deus, quem só nos havia emprestado...

Falei e disse.

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