quinta-feira, 9 de junho de 2016

CIDADANIA
OPERADORAS DA INTERNET DURAMENTE CRITICADAS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA
Estabelecer limites para o tráfego de dados na banda larga fixa --como pretendem as operadoras -- será o mesmo que criar uma internet para os pobres e outra completamente distinta para os ricos. Foi a tese de Rafael Augusto Zanatta, do Instituto Brasileiro de Defesa do Direito do Consumidor na primeira audiência pública que envolveu várias comissões da Câmara e representações da sociedade civil.
Apesar da proibição temporária de cortes e cobrança extra, algumas operadoras travestem as iniciativas em casualidades, como queda de energia e excesso de tráfego.
Na realidade, salta aos olhos o verdadeiro propósito: controlar o consumo de dados e limitar ou inviabilizar acesso a vídeos, como os catálogos oferecidos no site Netflix, pois uma hora de acesso a ele consome 1 Gbyte, 10 mil vezes mais que um e-mail enviado sem anexo...
Ficou bem claro na audiência que, em nenhum momento, as empresas explicaram a necessidade técnica da mudança. Isso fere o Código de Defesa do Consumidor que não permite mudança em contratos sem justa causa. Também foi denunciada violação ao Marco Civil da Internet e à ordem econômica, pela busca de lucros exorbitantes pelas empresas.

Falei e disse!

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