A crise econômica atingiu em cheio um grupo
de consumidores que cresceu durante a bonança dos últimos dez anos: os
compradores de imóveis na planta. Hoje muitos estão desempregados. Outros com
renda insuficiente para manter o compromisso imobiliário.
A constatação é da Amspa - associação de
mutuários; que registra entre janeiro e junho aumento de 79 vírgula 4 por cento
nas reclamações sobre rescisões contratuais com construtoras, na comparação com
o mesmo período de 2014. Os distratos, como são chamadas as quebras de
contrato, saltaram do terceiro para o primeiro lugar no ranking de queixas dos
compradores.
Mutuários que ainda estão pagando parcelas
devidas às incorporadoras estão sendo obrigados a abrir mão da casa própria e
do dinheiro gasto durante as obras, propondo o desfazimento do negócio, ainda
que absorvendo algum prejuízo.
É direito do consumidor o distrato nessas
circunstâncias. Mas o comprador precisa saber que não será fácil. As empresas
jogam duro para ficar com a maior parte do sinal pago e, muitas vezes, o único
caminho é a Justiça.
Falei e disse
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