Num País em que o Supremo Tribunal Federal manteve viva a liminar de um desembargador suspeito, permitindo que a censura ao Jornal O Estado de São Paulo chegasse, como chega hoje há 350 dias, não foi de espantar a decisão que considerou dispensável a formação superior para o exercício da profissão de jornalista. Atrasou-se, com isso, a evolução do jornalismo brasileiro em mais de cem anos, pois só agora recomeça a articulação para a retomada da seriedade da profissão de bem informar.
Aí as pessoas reclamam do sensacionalismo, dos Ratinhos e Datenas da vida, e, dos holofotes que se acendem para fanfarrões com distintivos de autoridade, que fazem a exaltação da tragédia moral, de uma sociedade falida desde a base de tudo: a eleição!
Taí o caso desse ex-goleiro do Flamengo, que cresceu em tamanho, sem grandeza na alma, tingindo de sangue as páginas dos jornais, ao lado de muito blá-blá-blá de autoridades que condenam e lincham antes da terem a prova concreta, só pra conquistarem cinco minutos de sucesso na mídia televisiva.
O resultado desse jornalismo bandido, se reflete em todos os setores. Principalmente quando se enfatiza o mau exemplo de um presidente que desafia a lei, por um lado, se desculpa por outro, e volta a desafiar a justiça eleitoral de novo, sem intervalo, no mesmo ato do espetáculo.
Mas, se o Amigo Leitor me permite avançar na análise, é todo um conjunto complexo de crise moral. Faz-se uma lei de ‘Ficha Limpa’ de mentirinha, que já sai capenga do congresso, e, logo nas primeiras horas de vigência, o supremo contempla as primeiras exceções, para depois alguém dizer: Ah! Mas fiquem alerta para as cassações que virão depois da eleição. Ora! O pleito contaminado na origem, em minha modesta opinião, já viciou todo o processo. O resultado seria outro. O voto dado a um candidato que foi excluído seria atribuído a outra pessoa, que poderá ter perdido por falta daquele sufrágio...No Maranhão do Sarney, por exemplo, o jornal diz hoje que 2 em cada 10 candidatos estão pendurados por algum tipo de imoralidade. Pensando bem, até ele, cavaleiro das contratações fantasmas no senado...
Portanto, ainda há muito que caminhar para conquistarmos a democracia com seriedade no Brasil. País em que alguém viola irresponsavelmente informações sigilosas da receita federal para viciar uma eleição e, onde se anuncia que só após o pleito vai ser pronunciada a culpa... Onde se perde tempo e destaca em primeira página, que no vizinho ao lado, após 14 horas de discussão, o Senado Argentino aprovou o casamento Gay.
Ficam tirando sarro de ‘los ermanos’, sem olhar no espelho. Aqui no Brasil, pátria da violência sexual às crianças, do jeito que a coisa caminha, onde já se permite a adoção por pares do mesmo sexo, casamento gay qualquer diz vai ser obrigatório...
To fora!
Falei e disse...
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