sábado, 31 de julho de 2010

PERDOEM A FRANQUEZA


Cada motorista que ingressa numa estrada, desculpem o excesso de franqueza, tem de acertar contas com o cafetão que, neste fim de semana, passa a querer mais dinheiro...

Se você, de qualquer lugar do Brasil, se sente espoliado por pedágios, cada vez que ingressa numa rodovia, conforte-se com o desiderato de quem mora no Estado de São Paulo, que possui 35 mil km de estradas pavimentadas como a cara do diabo –22 mil estaduais, 1.050 federais e 12 mil em estradas vicinais. Do total de vias sob a responsabilidade do Estado (34 mil km), 5.600 km (16%) estão sob regime de concessão.

O jornalista Keffin Gracher, de confissão petista, criou uma ferramenta batizada de “Pedagiômetro", que funciona de modo semelhante ao "Impostômetro" da Associação Comercial paulista. Projeta o montante que as concessionárias arrecadam com os mais de 200 pedágios. Os dados que tomou por base, são facilmente comprovados na prática. Segundo a ferramenta, em breve o valor pago pelos motoristas neste ano alcançará a marca de R$ 3 bilhões, somente aqui. E não existe alternativa de fuga dos boxes em atenção ao preceito constitucional da ‘liberdade de ir-e-vir’. Portanto, não importa o uso político inevitável da ferramenta. O que pesa é a realidade da acintosa exploração...

Desde que foi iniciado, em 1998, o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado criou 187 novas praças de pedágio em rodovias paulistas... São Paulo tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. Hoje, segundo dados da Agencia Reguladora – Artesp; são 227 pontos de cobrança em vias estaduais e federais em território paulista, contra 113 no restante do país. O valor dos pedágios nas rodovias estaduais varia de R$ 2,15 a R$ 18,50 para carros de passeio.

O Governo de São Paulo, com o devido respeito, é o maior cafetão de pista do Brasil.

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