Para julgar a quem passou dos limites na direita, teremos de julgar a esquerda que se excedeu, como por exemplo a “Companheira Estela”, ou Dilma Vani Roussef se você assim o preferir. Ela, apesar de ter feito o diabo, pode até ser presidente da república...
Sou plenamente favorável, no entanto, que se pesquise e preserve a história. Primeiro, porque ela precisa ser verdadeira. Segundo, para desencorajar que no futuro, alguém proceda de modo autoritário... Serve até para dar um freio nesse esquema proletário de “mentirinha” do Lula-lá, hoje com a bufunfa no bolso...
Eis que no Rio Grande do Sul foram encontrados documentos de uma “Comissão Especial de Inquérito Sumário”, órgão inspirado no ato institucional número hum, e que funcionava em algumas instituições de ensino para cassar e depois caçar, professores e alunos que não comungavam com a dita-dura!
O material, dado como queimado, estava no arquivo particular do sociólogo Laudelino Teixeira de Medeiros, o mesmo que orientou a tese de Doutorado de Fernando Henrique Cardoso (prova de que ninguém é perfeito). Nem os professores cassados acreditavam mais que algum vestígio de seu passado naquele período estivesse preservado.
As atas têm importância enorme. Dão a dimensão das relações internas nas universidades. Nessa do Sul, por exemplo, além dos docentes representando 15 faculdades, nomeou-se um assessor militar: o general Jorge Teixeira, do 3º Exército, hoje Comando Militar do Sul. Claro que era ele quem presidia os trabalhos... Só em 1969 houve 41 punidos.
O professor Ernani Maria Fiori, foi investigado pela “CEIS”. Expurgado, sem direito a salário ou aposentadoria, revelou antes de morrer, que o Exército e o DOPS informavam a comissão. O general Teixeira, na ata, definia Fiori como "comunista da ala católica" que "lidera a ação dos comunistas na Faculdade de Filosofia".
Entre os alvos da comissão estava o acadêmico de direito Marcos Faerman. Ele seria um dos grandes jornalistas brasileiros. Outro era o presidente do centro acadêmico da Faculdade de Medicina, João Carlos Haas Sobrinho, morto em 1972. Haas foi um dos comandantes da guerrilha do Araguaia...
Marcos Faerman
Tudo isso é importante saber e preservar ... Mas ir atrás dos velhinhos de bengala que ainda sobrevivem na demência, nem tem graça...
domingo, 17 de janeiro de 2010
CASSA AS BRUXAS NÃO! MAS QUE SE PRESERVE A HISTÓRIA...
Fui prejudicado pela quartelada de 1º de abril de 1964. Nem por isso posso aplaudir quem está tentando reacender o estopim da discórdia, depois que o processo de anistia foi instaurado. Afinal houve erros dos dois lados...
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DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...
ResponderExcluir"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado
O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA
No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato "JOSÉ LOURENÇO", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre Cícero Romão Batista, encarados como “socialistas periculosos”.
O CRIME DE LESA HUMANIDADE
O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.
A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS
Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará É de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e pelos Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos
A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO
A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.
AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5
A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;
A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA
A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo desaparecimento forçado de 1000 pessoas do Sítio Caldeirão.
QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA
A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem encontrar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes procurados no "Geopark Araripe" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?
A COMISSÃO DA VERDADE
A SOS DIREITOS HUMANOS deseja apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue esta notícia em seu blog, e a envie para seus representantes na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal que informe o local da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.
Paz e Solidariedade,
Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br