domingo, 17 de janeiro de 2010

CASSA AS BRUXAS NÃO! MAS QUE SE PRESERVE A HISTÓRIA...

Fui prejudicado pela quartelada de 1º de abril de 1964. Nem por isso posso aplaudir quem está tentando reacender o estopim da discórdia, depois que o processo de anistia foi instaurado. Afinal houve erros dos dois lados...


Para julgar a quem passou dos limites na direita, teremos de julgar a esquerda que se excedeu, como por exemplo a “Companheira Estela”, ou Dilma Vani Roussef se você assim o preferir. Ela, apesar de ter feito o diabo, pode até ser presidente da república...


Sou plenamente favorável, no entanto, que se pesquise e preserve a história. Primeiro, porque ela precisa ser verdadeira. Segundo, para desencorajar que no futuro, alguém proceda de modo autoritário... Serve até para dar um freio nesse esquema proletário de “mentirinha” do Lula-lá, hoje com a bufunfa no bolso...


Eis que no Rio Grande do Sul foram encontrados documentos de uma “Comissão Especial de Inquérito Sumário”, órgão inspirado no ato institucional número hum, e que funcionava em algumas instituições de ensino para cassar e depois caçar, professores e alunos que não comungavam com a dita-dura!


O material, dado como queimado, estava no arquivo particular do sociólogo Laudelino Teixeira de Medeiros, o mesmo que orientou a tese de Doutorado de Fernando Henrique Cardoso (prova de que ninguém é perfeito). Nem os professores cassados acreditavam mais que algum vestígio de seu passado naquele período estivesse preservado.


As atas têm importância enorme. Dão a dimensão das relações internas nas universidades. Nessa do Sul, por exemplo, além dos docentes representando 15 faculdades, nomeou-se um assessor militar: o general Jorge Teixeira, do 3º Exército, hoje Comando Militar do Sul. Claro que era ele quem presidia os trabalhos... Só em 1969 houve 41 punidos.


O professor Ernani Maria Fiori, foi investigado pela “CEIS”. Expurgado, sem direito a salário ou aposentadoria, revelou antes de morrer, que o Exército e o DOPS informavam a comissão. O general Teixeira, na ata, definia Fiori como "comunista da ala católica" que "lidera a ação dos comunistas na Faculdade de Filosofia".


Entre os alvos da comissão estava o acadêmico de direito Marcos Faerman. Ele seria um dos grandes jornalistas brasileiros. Outro era o presidente do centro acadêmico da Faculdade de Medicina, João Carlos Haas Sobrinho, morto em 1972. Haas foi um dos comandantes da guerrilha do Araguaia...
Marcos Faerman

Tudo isso é importante saber e preservar ... Mas ir atrás dos velhinhos de bengala que ainda sobrevivem na demência, nem tem graça...

Um comentário:

  1. DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...




    "As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
    têm direito inalienável à Verdade, Memória,
    História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado




    O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


    No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato "JOSÉ LOURENÇO", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre Cícero Romão Batista, encarados como “socialistas periculosos”.



    O CRIME DE LESA HUMANIDADE


    O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


    A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


    Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará É de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e pelos Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



    A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


    A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.



    AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


    A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



    A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


    A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo desaparecimento forçado de 1000 pessoas do Sítio Caldeirão.


    QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


    A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem encontrar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes procurados no "Geopark Araripe" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



    A COMISSÃO DA VERDADE


    A SOS DIREITOS HUMANOS deseja apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue esta notícia em seu blog, e a envie para seus representantes na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal que informe o local da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.



    Paz e Solidariedade,



    Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
    OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
    Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
    Membro da CDAA da OAB/CE
    www.sosdireitoshumanos.org.br

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