CIDADANIA
TATUAGENS E A
HEPATITE ‘C’
Cresci ouvindo os conselhos de meu pai sobre tatuagens.
Falava que era coisa de degredados e prisioneiros, quando a gente voltava com
marcas produzidas pelas velhas canetas Bic, que eram novidade à época... Poucas
crianças insistiam na prática. E, ainda muito poucos da minha geração, na
adolescência, recorreram aos primeiros estúdios de ‘tatoos’ que surgiram...
A coisa ganhou vulto e novos adereços perigosos
como piercings, espaçadores e outras variedades, implantadas no corpo sem qualquer
cuidado... Houve repulsa preconceituosa aos partidários dessa prática agressiva
ao corpo, principalmente por parte de religiosos que, com oportunidade e acerto,
diziam que sendo o corpo humano um ‘templo’ habitado por Deus, não nos
pertenciam... Falou-se também no risco da transmissão de AIDS pela promiscuidade
das agulhas, levando autoridades sanitárias a cobrarem maiores cuidados com a
esterilização...
Mas, hoje cedo, ouvi no Rádio algo mais assustador.
O médico do desporto Nabil Gorayeb falou do aumento dos casos de hepatite ‘C’
entre atletas tatuados. A doença que leva a perda inevitável do fígado, é
transmitida pelo reuso da tinta pelos tatuadores...
A pergunta que não quer calar: Será que vale
realmente a pena correr tantos riscos?
Falei e disse!
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