domingo, 14 de março de 2010

VOCÊ SE LEMBRA?


Amanhã faz 20 anos que Fernando Collor de Mello meteu a mão na poupança de todo mundo, prejudicando milhares de brasileiros, inclusive pessoas idosas e doentes.


Tramitam hoje nos tribunais 890 ações individuais e Mil e 30 coletivas... A musa do Plano Collor, Zélia Cardoso de Melo hoje é mãe de família e dona de casa em Nova York e admite falhas de comunicação no programa, ao passo que o economista Delfim Neto considera que a irresponsabilidade do confisco e do plano acabou sendo contribuição importante para o Real...


Lembro que com 37 anos, casado, mas ainda ajudado economicamente por meus pais, aposentados, sofri na carne o bloqueio das poupanças. Eles, então, muito mais. Até seus remédios de uso contínuo, e, caríssimos, provinham daquela verba. Teve gente que morreu e tem gente que perdeu definitivamente tudo o que tinha.

Delfim, a pitonisa dos anos de chumbo, da a entender que nem os militares que tinham a faca e o queijo na mão ousaram um plano assim. Para ele um ato de desespero! Ele define o Plano Collor como algo tirado de um quadro negro e imposto a uma sociedade, sem nenhum preparo ou reserva. Na época Delfim Neto se surpreendeu com “a coragem de fazerem aquilo”. Não foi como o Real, combinado com a Itamar Franco, antes de ser assumido pelo novo governo.

Delfim se surpreendeu com a coragem de fazerem aquilo. No fundo uma irresponsabilidade. Mas o Plano Collor representou uma contribuição importante para o real, com alguns equívocos.

Li no Globo on line que Zélia Cardoso de Melo, vinte anos depois, diz nas entrelinhas que não faria de novo o bloqueio da poupança... Um tanto amarga com “trairagens”, diz que se esforça para não guardar mágoas...


E o velho Delfim acha que no Brasil não há mais risco de volta de inflação galopante. Qualquer que seja o governo que a retome, segundo ele, será expelido pelo Congresso Nacional.

Tomara! Pelo menos pra gente não ter de pagar toda essa conta outra vez...

Você se lembra?

Falei e Disse!

Um comentário:

  1. Oh! se me lembro! e quanto!
    Na época estava na ativa. Trabalhava umas 10, 12 h. por dia. Bem informado, inspirado na Argentina, previ e acertei até o valor que nas contas correntes bancárias não seria surrupiado, 50 mil qualquer coisa. Um amigo de juventude, com o ego massageado recentemente, residente na Capital, lá das Herculândia, com aplicação de cem mil dólares no overnight e, por sugestão minha, acabou, com esse dinheiro, no mês anterior ao assalto, adquirindo uma casa aqui no Residencial dr.Lessa, com 4 terrenos. É dele até hoje. Agora, só um dos terrenos já vale quase o montante que lhe seria roubado. Tem mais histórias sobre a prevenção à apropriação indébita, outra delas, juntamente com um ex presidente da SAL, "alegremente", fomos a Ubachuva à procura de investimento preventivo.
    Hoje, coitado de mim, não consigo nem prever qual será a árvore adulta, frondosa, que será derrubada na próxima semana, aqui na terra de João Pedro Cardoso, que por ironia do destino, até as duas únicas árvores que existiam na rua que homenageia este herói, já se foram.
    E a conta, da farra do boi, que hoje assistimos inertes, com mansidão bovina, que nos chegará para pagar em 2011, como será?

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