sábado, 30 de maio de 2009

UMA NOVA LAMBANÇA ESTÁ NO FORNO

Para neutralizar o que a justiça decidiu sobre a fidelidade partidária, vem aí nova marmotagem.
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Você se lembra que, para botar ordem na zona, o Supremo proibiu o troca-troca de partidos. E olha que não vi nenhuma vítima entre os cassados. O menos safado matou o pai na forca...
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Mas, para provar que nada aqui pode ser levado a sério por muito tempo, parlamentares já negociam um jeitinho: a aprovação de uma proposta que autoriza a mudança de partido, desde que ela ocorra pouco mais de um ano antes das eleições.

Obvio que mais da metade dos deputados e senadores é favorável à criação do que já é chamado de “janela”.
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Agora outra. O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), aquele que se lixava para a opinião pública, não tá nada satisfeito com a presença, quase que diária dos integrantes do programa humorístico CQC na Casa Legislativa.

Depois de ser abordado por um deles, pediu em plenário que o presidente Michel Temer "tome providências" em relação ao programa, em veemente pronunciamento: "Está na Casa um tal de CQC, um grupo que faz jornalismo barato, com perguntas ofensivas e debochadas, tentando desmoralizar os deputados e a Casa. O bom jornalismo não se faz dessa maneira, mas com perguntas inteligentes e respeitosas. Senhor presidente, solicito a Vossa Excelência que tome providências, para que a Casa seja respeitada".
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Um gago diria, então: “Para a casa ser respeitada, De-puta-do em primeiro lugar, é preciso que gente como o senhor e seu camaradinha, o senhor do castelo, sejam banidos dela”.

Afinal, essa coisa de tolher a liberdade de imprensa está fora de moda, Moraes, principalmente com o fim da famigerada lei da ditadura, e, agora, da recente posição do Superior Tribunal de Justiça.
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De realçar que, na primeira decisão após o fim da Lei de Imprensa, o STJ rejeitou pedido de indenização por supostos danos morais e materiais, entendendo ainda que: "A elaboração de reportagens pode durar horas ou meses, dependendo de sua complexidade, mas não se pode exigir que a mídia só divulgue fatos após ter certeza plena de sua veracidade".

Assídua Leitora do Blog, a médica Moema Beatriz Feitosa, do Rio de Janeiro, me enviou e-mail, lembrando a criativa resposta que os Cassetas deram certa vez, depois que a Procuradoria da Câmara Federal provocou o então diretor da Rede Globo, Luiz Erlanger, para tomar providencias contra o programa humorístico, que chamou os parlamentares de “deputados de programas”, comparando-os a prostitutas.
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O procurador, Ricardo Izar, invocava o instituto do direito de resposta, contido naquela lei, ranço autoritário da repressão. E frisou que duas deputadas choraram vendo a fita. Sem contar o quadro sobre a vacinação contra a “febre afurtosa” que também causara constrangimento...

Pois a resposta do CQC poderia ser no mesmo tom da dos Cassetas. Recordem:
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"Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:

1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionaisque aceitam dinheiro para mudar de posição.

2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de Resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.

3. Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a interromperem seu descanso.
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Equipe do Casseta & Planeta

Bussunda ainda era vivo!
hahahahahahahahaha
FUI!

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