CIDADANIA
NÃO DÁ
PRA ENTENDER
Estado
e Município do Rio brigam pelo Maracanã...
O nome
original do estádio, que já foi maior do mundo, é ‘Estádio Municipal do
Maracanã’. Depois passou a Mário Filho, por conta do esforço do então dono do
Jornal dos Sports na consumação do sonho ambicioso do então prefeito Ângelo
Mendes de Moraes. Mas até por esse contexto, o Maracanã pertence ao município
do Rio, e, se não for por aí, o terreno é da família Suckow da Fonseca por ‘desvio
de finalidade’. Conheço toda a história porque meu pai foi o principal assessor
de Mário Filho e atuou ativamente na campanha de arrecadação de recursos para a
construção do estádio...
Havia
naquela área um derby em que se disputavam provas de hipismo, numa gleba maior
ainda que pertencia ao major cavalariano Celso Suckow da Fonseca que, aliás,
empresta o nome à Escola Técnica Federal, também fixada ali, às margem do Rio
Maracanã.
Apaixonado
pelas provas hípicas, o major doou a área para a finalidade específica de
provas de carreira, em benefício do aperfeiçoamento genético das raças
nacionais. Veio, porém, o hipódromo da Gávea e o espaço do Maracanã foi
desprezado. Passou a ser depósito da sucata da segunda guerra mundial. Ângelo
Gomes, fotógrafo do jornal dos Sports confirmou com sua Rolley Flex, dada por
papai, que até granadas não deflagradas foram encontradas ali. No início da
obra.
Com o
Brasil assegurando a sede para a Copa do Mundo de 1950, o prefeito Ângelo
Mendes de Moraes desviou a finalidade hípica para o futebol. Com recursos
municipais, ergueu ali o Maracanã, que a família Suckov da Fonseca poderia até
retomar, por esse ‘desvio’, tivesse o dinheiro para indenizar as
benfeitorias...
Portanto,
se a prefeitura quiser o espaço, pode alegar tudo isso em juízo contra o governador
Pezão que, apesar de falido, não quer reconhecer o direito reivindicatório do
Município do Rio de Janeiro, com muito maiores condições de administrar, manter
e tocar o velho Maraca...
Falei
e disse!
Nenhum comentário:
Postar um comentário